Roberto Viccinelli
"Souvenir do Petar"
Está chegando o carnaval. O que vou fazer ? Fico na bagunça do sambódromo o vou ficar longe ?
De repente lembrei que no final do ano passado entrei em contato com a turma da pisa trekking e experimentei trilhas e cachoeiras no Itararé. Adorei.
Rápida consulta no site da Pisa e pronto: desta vez vou fazer trekking no Petar!
A palavra Petar diz tudo e nada. A coisa melhor é mergulhar neste "alto de ribeira".
Também desta vez o grupo é bem misturado. Mulheres, homens, casal, solteiros. Quem tem muita, quem tem pouca e quem tem nada de experiência de trekking. Mas todos com vontade de mergulhar na natureza e desligar a bateria. No meu caso desliguei literalmente também o meu Samsung Galaxy A7 que pouco antes da saída de São Paulo começa a mostrar sinal de irreversível declino.
Depois de poucos km de viagem o grupo já mostra uma ótima harmonia, vibração e simpatia. Com a esperta e professional supervisão da guia local Ney e com o acompanhamento do Ricardo da Pisa, descobrimos que o Petar não é somente rios, cachoeiras e Mata Atlântica. O Petar é também um itinerário sem fim de Cavernas.
Lá fora é uma explosão de cores e perfumes, de borboletas e mariposas, de andorinhas e beija flores. Uma imensa variedade de plantas como palmito, figueira (com inclusão da "mortal" mata pau) e banana flor (a única com sementes). Totalmente mergulhados nesta natureza selvagem e com o olho atento do Ney, depois pouco tempo fica normal encontrar cobras no nosso caminho. No meio da trilha, ao lado de uma árvore o na entrada de uma caverna.
Lá dentro, nas cavernas, descobrimos um mundo paralelo. Um mundo que para "escolha divina" vive e pulsa na escuridão. E para entrar em vibração com este mundo precisa acalmar se, ativar outros sentidos, olhar no olho esta escuridão. E de repente sentimos que não somos sozinhos. Tem gotas de água, rios, cachoeiras, estalactites, estalagmites, morcegos e a rara espécie de "aranha albina".
O ritmo é intenso, dentro e fora das cavernas, dentro e fora das cachoeiras. E para celebrar o nosso "trekking day" nunca faltou o compromisso com pastel & cerveja (a conta é aquela do gringo).
E depois de 7 cavernas, cachoeiras sem fim e trilhas encantadoras, você pode pensar que afinal tudo foi feito, tudo foi explorado. Mas o Petar sempre tem surpresas ... O último dia quando corpo e mente começam a relaxar se, é aí que chega a prova com mais alto nível de dificuldade: o Bóia Cross! Mas o que será este bóia cross? Será uma coisa tipo moto cross o tipo cross fit? Na dúvida, melhor ficar focado.
E assim a turma começa a boiar nas águas do rio Betari. Caindo, capotando o ficando travado em cima de uma pedra, chegamos ao ponto de parada. Não todos ... a onde está a guia? Acontece o impossível. A guia se perdeu. E agora, "quem guia da guia" ? Afinal a guia foi perdoada.
Em verdade parece que no mundo das Aventuras existe uma lenda que fala o seguinte: uma guia nunca se perdeu ... Simplesmente estava procurando novas trilhas, novos caminhos...
Até logo. Abraço