Algumas obras na natureza são tão grandes e imponentes que fazem pessoas darem a volta ao mundo para conhecê-las. São grandes monumentos da natureza que levam milhões de anos para surgirem, ou fenômenos que viajam pelo espaço até chegarem na Terra. Impressionam, porque é muito difícil compreender as forças que as geram. Como se formam as cavernas, como se separam os continentes ou o que faz com que aconteçam as auroras boreais.
Veja agora alguns exemplos de onde encontrar estas proezas naturais e deixamos a pergunta: qual delas te parece a mais impressionante?
Cavernas
Quando você está na entrada da caverna Ouro Grosso, no Vale do Ribeira, sul do estado de São Paulo, sente um vento gelado vindo lá de dentro. Para entrar, é preciso se abaixar e se esgueirar por um pequeno buraco na rocha. O espaço vai se abrindo, se transforma em um pequeno cânion, e de repente um túnel se abre a sua frente. Nesta região de São Paulo, as montanhas da Serra do Mar são formadas de calcário, um tipo de formação rochosa que se dissolve em contato com chuvas ácidas. Lá, mais de 300 cavernas já foram descritas, com rios e cachoeiras subterrâneas, estalactites e estalagmites imensos e todo um delicado universo subterrâneo.
Entrada da caverna Temimina, no PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira), no sul do estado de São Paulo. Foto: Marcinho Sanches / Expedição Raiz
Parece impressionante, e é. Grandes cavernas levam milhões de anos para se formarem. Pouco a pouco, gota a gota, imensos salões subterrâneos se formam, escondidos dos olhos de quem vive aqui, em cima da superfície do planeta.
A caverna mais ampla do mundo fica no Vietnã. É a Hang Son Doong, que chega a ter impressionantes 200 metros de altura! Caberia um quarteirão inteiro da Avenida Paulista dentro dela. No Brasil, ainda que pouco conhecidas, também temos cavernas de tamanhos descomunais. A maior caverna brasileira fica na Região Nordeste. Na Bahia, a Toca da Boa Vista, com nada menos do que 105km de comprimento. No Centro-Oeste, próximo da Chapada dos Veadeiros, Terra Ronca tem se tornado um destino cada vez mais procurado de ecoturismo, com centenas de cavernas catalogadas, praticamente inexploradas.
Caverna em Terra Ronca, norte de Goiás
Para quem nunca esteve em uma caverna fica o convite. Um ambiente completamente novo. Sem luz alguma. Silencioso. Impressionante.
Aurora Boreal
Imagine-se olhando para o céu e vendo uma cortina de luz, que vai do solo à mais alta atmosfera, dançando em movimentos harmônicos, brilhando com uma luz intensa de tons vermelhos ou esverdeados. Esta é a cena que você irá encontrar se for para a Islândia ou Canadá no inverno.
Uma sensação de deslumbre invade o corpo. Nos sentimos pequenos espectadores de um fenômeno maravilhoso.
Aurora Boreal, um dos fenômenos mais impressionantes da Natureza
A Aurora Boreal, nome dado por Galileu Galilei em 1619 para um dos fenômenos mais impressionantes da natureza, é a luz formada pelo encontro de ventos solares, massas de elétrons carregadas de energia que viajam pelo espaço. Ao encontrarem a atmosfera dos pólos da Terra, os átomos de oxigênio e nitrogênio se excitam e emitem luz. Este fenômeno acontece durante o ano todo, nos pólos Norte e Sul (onde é chamada de Aurora Austral), mas é nos meses mais escuros de inverno que se pode observar.
É um fenômeno tão impressionantes, que já foi descrito por praticamente todas as culturas antigas que viviam nas regiões polares. Inuits da Groenlândia, nórdicos da Noruega e toda Escandinávia.
Separação das placas tectônicas
Não bastasse a Islândia ter vulcões, glaciares, gêiseres e aurora boreal, há um outro fenômeno que ocorre neste país. De tamanho continental, literalmente.
Lá, mergulhando na região do Parque Nacional de Thingvellir, conseguimos visualizar uma grande falha no assoalho do oceano, que demonstra nada mais nada menos do que a separação da América do Norte e da Europa, que ficam cerca de 2,5cm mais distantes um do outro a cada ano.
Placas tectônicas da Europa e da América do Norte, separadas por um cânion, se separam 2,5cm por ano.
Não é novidade que os continentes se movem. Basta olhar para um mapa e ver que as costas da África e da América do Sul são quase peças de um quebra-cabeça. Na Região Sul do Brasil, os cânion de Aparados da Serra são marcas geológicas de quando estes dois continentes se separaram.
A Cordilheira dos Andes, que chega a quase 7 mil metros de altitude no Aconcágua, divisa entre Chile e Argentina, é o resultado do encontro das placas da América do Sul e do Oceano Pacífico. O Himalaia, região com as montanhas mais altas do mundo, é fruto da "trombada" da placa indiana com a Eurásia.
Monte Aconcágua, ponto mais alto das Américas, e registro da colisão entre duas placas tectônicas que formaram a Cordilheira dos Andes
Mas, na Islândia, ao mergulhar em Silfra, estamos frente a frente com a separação de duas placas, e conseguimos ver, com nossos próprios olhos, uma imensa fenda que se estende por quilômetros. Uma visão impressionante do planeta Terra vivo, em constante transformação.
Mergulho em Silfra, onde duas placas tectônicas se separam pouco a pouco, afastando os continentes da Europa e América do Norte.
Photo credit: Anosmia via Visualhunt / CC BY-ND
E para você, leitor, quais os maiores monumentos que a natureza é capaz de criar? E quais deles você já conhece?
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