A febre amarela é uma doença transmitida pela picada de um mosquito e tem causado grande repercussão nestes últimos meses. Mesmo que gere preocupação para quem está prestes a viajar, a situação é contornável. Bastam algumas precauções para aproveitar as férias sem nenhum receio. Para isso, o Blog Vida ao Ar Livre explica o que é a febre amarela e o que você não pode esquecer para seguir viagem.
Transmissão
A transmissão da febre amarela se dá essencialmente por três gêneros de mosquito. Um deles é o Aedes, já famoso vetor dos vírus da dengue e do zika, mais comum em áreas urbanas. Embora ainda potenciais transmissores, a última vez que se registrou a transmissão do vírus da febre amarela por mosquitos Aedes foi há 60 anos atrás. Os dois principais vetores responsáveis pelos surtos recentes são dos gêneros Haemagogus e Sabethe. Ambos são silvestres, possuem hábitos diurnos e costumam sobrevoar as copas das árvores.
Isso explica o fato de tantos macacos terem sido contaminados. Ainda assim, não existe transmissão direta entre homem e macaco. O que ocorre é que um mosquito pode passar a carregar o vírus após picar um primata infectado. A vacina é, portanto, mais recomendada para pessoas que morem próximas à áreas silvestres, e que possuam mais chances de serem picadas por estes mosquitos.
Sintomas e vacinação
Caso comece a perceber indícios semelhantes a de um resfriado, como dor de cabeça, febre e dores musculares, você pode estar com febre amarela. O quadro piora quando os sintomas passam a ser vômito, falta de ar e urina escura. Em ambas as situações, evite a automedicação, já que alguns fármacos podem acentuar os problemas. O que se deve fazer é procurar um médico para evitar complicações como hemorragias internas e falências dos rins e fígado.
Para evitar esse quadro a vacinação é recomendada, especialmente àqueles que vivem ou pretendem se deslocar para regiões de risco. Ela pode ser realizada em dose única, protegendo o vacinado por toda a vida, ou em dose fracionada. Nessa segunda opção, um quinto da dose regular protege a pessoa vacinada por 12 meses. As contraindicações ficam para as gestantes, mães amamentando, idosos, crianças menores de 6 meses, indivíduos em tratamento de câncer, HIV ou doenças autoimunes, e alérgicos a ovo – uma vez que o alimento é base na fabricação da vacina.
Fonte: Flickr "Agência Brasília". Acesso em: https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/31579077623
Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia
Para viajar a algumas localidades, o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) é exigido. O documento, emitido pela Anvisa, é a comprovação de que o indivíduo é vacinado para várias doenças, inclusive a febre amarela. Ele é somente emitido àqueles que tomaram a dose cheia, lembrando que a vacina deve ser tomada com dez dias antes da viagem.
Para viajantes, é preciso verificar quais os países que exigem o certificado, lembrando também que escalas de voo devem ser consideradas. Para destinos nacionais, depois do surto recente de Febre Amarela, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação para diversos municípios em 20 estados. Veja aqui mais detalhes sobre os estados brasileiros sugerem e os países que exigem a vacinação. Hoje o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) já pode ser emitido pelo próprio site da Anvisa, caso você já esteja vacinado e com o comprovante. O tempo médio para a emissão é de 10 dias. Clique aqui para emitir o seu.
Foto: Reprodução - Anvisa
Cuidados para viajantes
É claro que as recomendações a seguir servem para qualquer um, mas para nós que não conseguimos ficar longe do mato, a indicação é dobrada.
1. Consulte seu agente de viagem para saber se o destino da sua viagem está exigindo vacinação.
2. Calças e camisas de manga comprida já são naturais para evitar espinhos ou caules indesejados. Aqui, elas também servem para cobrir áreas da pele suscetíveis a picadas.
3. Sempre tenha em mãos um bom repelente. Os mais potentes são aqueles à base de Icaridina, que duram até 12 horas na pele. Uma opção mais natural é o óleo de andiroba, muito usado na Amazônia e que tem ótima eficácia.
4. Quando chegar no local de hospedagem, verifique se não há nenhum criadouro de mosquito. E se houver, procure eliminar.
5. Antes de partir para o passeio do dia, certifique-se de fechar as janelas e porta do quarto.
Ainda que os casos de febre amarela assustem os viajantes, tomando cuidados e se vacinando o mosquito vai passar longe de você. As perspectivas melhoram se pensarmos que com o fim do verão diminui a proliferação de mosquitos, e por consequência, a transmissão de febre amarela. Então, pegue seu repelente, confira aqui alguns roteiros da Pisa Trekking, e depois que selecionar o roteiro dos sonhos, tire suas dúvidas com nossos atendentes e é só arrumar a mala!
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