A riqueza e variedade da Amazônia só podem ser mensuradas quando se viaja para lá. Mesmo passando por um processo intenso de desmatamento, as regiões mais preservadas ainda formam um bioma inteiramente autossuficiente e, por isso, fauna, flora, clima e nativos vivem em sincronia. Fazer uma viagem para a Amazônia significa entrar em um mundo à parte, em um “tempo amazônico”, onde árvores imensas, florestas alagadas e os bandos de macacos se misturam em uma grande aventura sensorial. Pensando nos que pretendem conhecer este santuário natural, o Blog Vida ao Ar Livre apresenta o que existe de mais belo e diverso quando o quesito são as plantas da Amazônia.
PLANTAS DA AMAZÔNIA
Se os números da fauna amazonense já espantam, os de flora são ainda mais surpreendentes: 30mil espécies vegetais diferentes! A mais famosa, quase um símbolo da Amazônia é a vitória-régia, planta aquática que desabrocha flores brancas durante a noite e que, no dia seguinte, ganham a cor rosa. Mas muitas outras são usadas por nós no dia a dia. Veja só.
DIFERENTES ECOSSISTEMAS, DIFERENTES AMAZÔNIAS
As vitórias-régias fazem parte de um dos principais tipos de vegetação da Amazônia: a de igapó, locais que ficam sempre alagadas por cursos d’água. Além das plantas de igapó, temos as terras que são inundadas periodicamente (várzea) e as que nunca são, chamadas de terra firme.
A andiroba talvez seja uma das plantas mais famosas de várzea, e do seu óleo é possível produzir um potente repelente natural. Já nas áreas de terra firme temos o cedro e o mogno (muito requisitadas para mobílias), além das seringueiras e guaranás, que movimentam a economia amazonense. Nas áreas de terra firme também encontramos uma das maiores árvores da Amazônia: as samaúmas. Na Floresta Nacional do Tapajós, próximo a Alter do Chão, no Pará, vemos alguns exemplares que chegam a até imponentes 65m de altura, considerados por muitas tribos indígenas como a Mãe da Humanidade.
PLANTAS PARA CHEIRAR, COMER E CURAR
A Amazônia vem passando por um processo de grande desmatamento, mas ainda hoje algumas regiões de terra firme são praticamente intocadas, onde as largas copas das árvores chegam a impedir 95% da passagem de luz. Por isso, um outro sentido que pode muito bem ser estimulado é o olfato. A semente e casca de cumaru, por exemplo, tem um cheiro que lembra a baunilha. Já o cupuaçu tem um aroma tão forte, que chega a ser enjoativo para alguns. Não à toa, muitas empresas de cosmético olham hoje para a Amazônia quando pensam nas próximas linhas de fragrância.
O mesmo vale para o paladar, com novas frutas sendo introduzidas no mercado todo ano (bacuripari, umari e uajuru), ou se não, refinadas, como é o caso do chocolate produzido do cupuaçu.
Por fim, um outro ramo que também cresce cada vez mais é o das plantas medicinais. É o que acontece com a carqueja, planta digestiva muito utilizada para aliviar azia, prisão de ventre e estomatites. Estudos hoje apontam que ela pode inclusive ajudar casos de diabete, já que ela ajudaria a controlar os níveis de glicose no corpo. Outra planta utilizada há muito tempo por tribos amazônicas é a unha-de-gato. Por conter substâncias que ativam o sistema imunológico, ela serve como anti-inflamatório e para tratar problemas gastrointestinais. E hoje, pesquisas apontam efeitos até em tratamentos contra o câncer.
Uma viagem para a Amazônia será com certeza uma imersão em mundo novo. Quem a conhece jamais esquece da sua grandeza e exuberância.
Para quem já está com a data da viagem marcada pra lá, não se esqueça de conferir sua caderneta de vacinação, já que algumas áreas são foco da febre amarela e outras doenças. Uma vez feito isso, pode se esbaldar com todas as belezas que a Amazônia tem a oferecer.
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