Ushuaia pode até ser a cidade mais ao sul do mundo; El Calafate pode até oferecer trekkings no gelo pelo grande glaciar Perito Moreno; e Torres del Paine pode até guardar uma das trilhas mais famosas do mundo (o circuito W). Apesar disso, quando falamos em Patagônia, El Chaltén é sem dúvidas a região mais desafiadora das quatro. Mas calma, se você não é tão afeito às aventuras, a cidade por si só já proporciona visuais de tirar o fôlego. Tudo bem simples, mas aconchegante e charmoso ao mesmo tempo. Então, hoje, o Blog Vida ao Ar Livre, mostra onde fica e o que fazer em El Chaltén.
Onde fica e como chegar?
El Chaltén fica na província de Santa Cruz, no Sul da Argentina, e não tem mais de 1km² de área. Tudo é tão pequeno, que a “cidade” está mais para uma vila. Isso significa que a melhor forma de conhecer os pequenos comércios e restaurantes é usando as pernas. Mas a gente garante que com o visual dos arredores, a pior coisa seria ficar dentro de um carro.
Aliás, falando em carro, a única forma de se chegar a El Chaltén é via estrada, já que o aeroporto mais próximo fica a 210km dali, em El Calafate. E se você não entendeu o porquê dos comichões para sair do carro, imagine que você esteja a caminho e, de repente, colunas gigantes de pedra surjam ao fundo. Voilà! Estão aí Cerro Torre e Fitz Roy. Depois de uma pintura como essa, dá para entender porque a Argentina fez de tudo para fundar El Chaltén, em 1985, e não perder o território para o Chile.
O que fazer?
Até alguns anos atrás, El Chaltén era destino apenas de ermitões e montanhistas desvairados. Conforme a infraestrutura foi chegando, a região se abriu também para turistas mais casuais. Os hotéis e restaurantes ainda são bem simples, mas é daí que vem o charme interiorano da cidade.
Para os alpinistas, o cume é o limite. Mas acredite, apesar de não serem montanhas com muita altitude (elas tem 2.000m a menos do que o acampamento base do Everest, que está a 5.400m), chegar até o cume de uma dessas é muito mais difícil. Além de serem paredes verticais muito técnicas, elas estão repletas de neve e sob os caprichos de um clima pouco confiável. Como a maioria das pessoas não é escaladora de alto nível, a boa notícia é que “só” as bases das montanhas já proporcionam visuais de outro mundo.
Para isso, basta seguir por algumas trilhas, todas bem sinalizadas. Não é preciso estar acompanhado de um guia, mas como toda segurança extra é bem-vinda, você pode contratar um no ato da reserva. Os trekkings mais procurados são os da Laguna Capri e Laguna Torre, que oferecem ótimas vistas para o Fitz Roy e o Cerro Torre, respectivamente. E se você está se perguntando o por quê das “lagunas”, sim, além das torres nevadas e vegetação de estepe, a trilha ainda guarda lagos intocados. E se for o seu dia de sorte, com cores azuis ou verdes vibrantes.
A dificuldade delas vai de leve a moderado, já que existem algumas boas subidas durante os trajetos. Mas se você procura por algo mais intenso, o trekking até a Laguna de los Tres é o ideal. São 8 horas de ida e volta até chegar a um mirante nos pés do Fitz Roy. A trilha é a mesma que leva à Laguna Capri, o que significa que você pode dar uma paradinha por lá na volta. A diferença é que enquanto esta para por aqui, a de Los Tres segue por mais 2h até o destino final.
Mas como dissemos, El Chaltén fica no meio das montanhas. Por isso, se você simplesmente quiser passar o dia pulando de restaurante em restaurante, experimentando vinhos, parrilas e empanadas, saiba que você terá o melhor visual do mundo te acompanhando. E para você se preocupar apenas em se manter quentinho, conheça aqui os roteiros e serviços da Pisa Trekking. Apaixone-se pela Patagônia e conheça também as outros destinos: El Calafate, Ushuaia, Torres del Paine e Península Valdés. Todas elas pensadas com muito conforto e segurança por quem já está há mais de 20 anos na Patagônia. Converse com nossos atendentes e encontre a viagem que é a sua cara.
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