Santa Catarina é uma das principais cidades do cicloturismo no Brasil. Seja para avistar baleias, tomar boas cervejas, conhecer Florianópolis, ou se embrenhar por lindas belezas naturais, o estado conta com trajetos tão desafiadores quanto libertadores. Mas se tivéssemos que escolher o mais completo deles, com certeza ficaríamos com o Vale Europeu. Pedalando pelo interior catarinense, serão sete dias de subidas e descidas em meio a Mata Atlântica. Para destrinchar tudo que a região tem a oferecer, hoje, o Blog Vida ao Ar Livre, mostra como é pedalar no circuito do Vale Europeu.
Parte Baixa
Nossa viagem começa em Timbó, a 180km de Florianópolis. Depois de um transfer de 3 a 4 horas desde a capital, aproveitamos para conhecer a cidade, preparar as bikes e descansar bem para o início do pedal.
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Segundo dia: Timbó / Pomerode – 52 km | Subida acumulada: 790m
Nesse primeiro dia de bike, já experimentaremos um pouquinho das subidas que nos acompanharão pelos próximos dias. Tudo, é claro, sempre compensado por vistas da vigorosa Mata Atlântica. Por isso é bom dar uma boa respirada antes de enfrentar os 16km da Rota do Enxaimel, onde mais de 100 construções tombadas pelo Patrimônio Histórico preservam a tradição alemã.
Para você que não sabe, enxaimel é o nome da técnica arquitetônica que deixa à vista os tijolos e vigas de madeira da construção. Depois de muitas casinhas e outros tantos quilômetros de estrada, chegamos em Pomerode, onde os que quiserem poderão degustar uma boa gelada da Cervejaria Schornstein.
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Terceiro dia: Pomerode / Rodeio – 55 km | Subida acumulada: 1100m
Enquanto margeamos o rio Itajaí-Açú, subimos o curso d’água acompanhados pela cidade de Indaial. Aqui, se você fizer uma busca no Google Maps, você vai ver que a cidade é cortada na metade pelo rio. Por isso, os habitantes construíram várias pontes para ligar uma parte a outra. Elas são tão importantes para a logística da cidade que se tornaram símbolo de Indaial. Por isso, nesse dia repleto de pontes, seja respeitoso: apesar de muito bem-cuidada, a Ponte dos Arcos, por exemplo, já é uma senhorinha com mais de 90 anos.
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Quarto dia: Rodeio / Doutor Pedrinho – 47 km | Subida acumulada: 1290m
Hoje o dia será de altas emoções. Isso porque iniciaremos a subida mais íngreme até a parte alta do circuito. Mas fique tranquilo que o passeio é para todos os gostos. No Caminho dos Anjos, por exemplo, faremos uma parada para tirar fotos com as várias estátuas de anjo em torno de um grande Cristo Redentor. Já os que preferem experimentar bebidas mais finas, no caminho para Doutor Pedrinho, visitaremos a vinícola San Michelle!
Parte Alta
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Quinto dia: Doutor Pedrinho / Altos Cedros – 55 km | Subida acumulada: 1030m
Hoje será um dia voltado à natureza. Não que os outros não fossem, mas na maior parte das vezes em que uma cachoeira se chama Véu da Noiva, é porque ela é bonita. E na falta de uma, são duas quedas lado a lado. Ótimas para uma pausa e um refrescante banho antes de voltar para a bike. No final do dia, a Barragem do Rio Bonito ainda nos proporciona um lindo visual da região dos lagos represados. E se a vista não recarregar suas energias, saiba que ela pelo menos abastece duas usinas elétricas.
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Sexto dia: Alto Cedros / Palmeiras – 52 km | Subida acumulada: 1390m
E se você já ficou com saudades das paisagens do dia anterior, fique tranquilo, no sexto dia, continuaremos pedalando pelas represas da região. Sempre cruzando áreas verdes de Mata Atlântica, e desembocando na Cachoeira Formosa para um segundo mergulho, antes da nossa última pousada da viagem.
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Sétimo dia: Alto Cedros / Timbó – 55 km | Subida acumulada: 860m
Depois de seis dias de pedal, hoje as generosas descidas são para relaxar. Com vento na cara, rio na margem e verde à vista, completamos nosso circuito de mais de 260km. Sem é claro enfrentar uma última e mais forte subida da viagem. Antes de nos despedirmos, vale um almoço de confraternização com os colegas resilientes (e com certeza famintos). Você vai ver que bastou relaxar, que o corpo todo vai estar sentindo o cansaço dos últimos dias. Mas antes os músculos duros e uma mente leve do que o contrário!
E para que as únicas dores sejam a das pernas, conte com os serviços da Pisa Trekking. Só com ela você terá condutores com experiência em mecânica e socorro; veículo de apoio com água, frutas e lanches; manutenção diária das bicicletas; e um guia de viagem detalhado, com mapa e gráfico altimétrico.
Se estiver com receio, você pode começar apenas por uma das partes do circuito, para depois fazê-lo completo. Lembrando que se fizer apenas a parte baixa do roteiro, você usa Timbó como base, ataca os três destinos dia após dia, e retorna para dormir. Com tantas opções, o que sugerimos é que você confira todas aqui, e na dúvida, converse com nossos atendentes. Marque já sua viagem e bom pedal!
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