Sem fazer fronteira com o Brasil, o Equador ainda tem um pézinho aqui por dividir a Floresta Amazônica conosco. Mas não se engane, essa é apenas a porta de entrada para uma diversidade muito maior: arquitetura colonial, vulcões e fauna. Para conhecer um pouco disso tudo, o Blog Vida ao Ar Livre te mostra os principais pontos turísticos do Equador.
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Quito, a capital do Equador
Qualquer um que queira explorar o Equador começa em Quito, até porque o aeroporto da cidade costuma ser aquele em que grande parte dos brasileiros desembarca. Uma vez aqui, a melhor forma de conhecer tudo que a capital pode oferecer é fazendo um city tour pelos principais atrativos.
Como grande parte dos países colonizados pelos europeus, você terá uma porção de igrejas que foram importantes para a formação da cidade. O Santuário de Guapulo, finalizado no século XVII, traz uma coleção de pinturas e esculturas coloniais, como o púlpito talhado em madeira. Perto da Praça da Independência, você conhecerá a mais antiga igreja do país, a Catedral de Quito, e também outras igrejas, como El Sacrário, a São Francisco e a Companhia de Jesus. Esta última foi baseada em duas igrejas jesuítas italianas e é decorada com folhas de ouro, gesso dourado e esculturas de madeira. Conclusão, ela é considerada uma das mais belas igrejas barrocas na América do Sul.
Mas Quito também vai além das igrejas. Um dos pontos mais badalados é a rua La Ronda, a mais antiga da cidade, que ainda preserva casas no estilo colonial e reúne diversos artesãos e restaurantes. Falando em comida, além de paradas em casas de sorvete e chocolate de produção clássica, não deixe de experimentar os sabores das vendinhas locais; são gostos fortes e muito suculentos.
E para uma vista maravilhosa de toda estas cores e labirintos, faremos uma parada no Morro Panecillo, 150m acima do nível da cidade. Dali, além da visão do centro histórico e dos vulcões nevados que rodeiam a cidade, está uma estátua da Virgem de Quito, uma Madonna com asas de anjo construída com 7.000 pedaços de alumínio. Um point perfeito para relaxar, petiscar alguma coisa e se preparar para o lugar mais famoso do dia.
Uma das primeiras coisas que aprendemos nas aulas de geografia são os hemisférios, e mais, que eles são divididos por algumas linhas convencionadas, tal qual a Linha do Equador. O último ponto deste tour será a Metade do Mundo, que divide norte de sul – de onde você inclusive poderá tirar uma foto com um pé de cada lado. O lugar fica a 13km de Quito, numa cidade de mesmo nome e com gostinho de município menor.
Avenida dos Vulcões, os colossos do Equador
Deixando agora as ruas de Quito de lado, partimos para um outro tipo de avenida. Nem a Paulista ou a Quinta Avenida em Nova York conseguem ser tão marcantes quanto uma fila natural de… vulcões. Ao longo de 300km de extensão passamos por uma cadeia montanhosa de 27 vulcões que se perfilam pelo centro-norte do Equador.
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Vulcões no Norte do Equador:
Os primeiros que conheceremos ficam ao norte de Quito, com destaque para Cayambe, a única montanha de neve e glaciares entrecruzada pela Linha do Equador. Esta que é também o ponto mais alto de toda a linha, com 5.790m, já é uma antiga conhecida, visto que do Monte Panecillo já era possível enxergá-la ao longe. E olha que a distância de Quito até Cayambe é de quase 70km de distância.
Com toda essa monstruosidade, você pode estar se perguntando se estes vulcões não poderiam causar algum estrago. A resposta é sim, afinal, estamos falando da Cordilheira dos Andes, uma das regiões mais ativas do mundo. E de fato, vários dos vulcões daqui continuam ativos, com eventuais erupções. Só Quito, por exemplo, é rodeado por oito. Mas fique tranquilo que toda atividade sísmica e vulcânica é monitorado e alertada com bastante antecedência.
Outro vulcão ao norte é o Cotacachi que, apesar do cume nevado, não é o principal atrativo da área. Bem aos pés dele está a Lagoa Cuicocha, formada sobre uma caldeira vulcânica. Em outras palavras, acredita-se no passado que onde hoje é água já foi uma vez um vulcão, inclusive maior que Cotacachi, que após uma erupção, perdeu metade do seu tamanho original.
Todos estes vulcões ficam próximos da cidade de Otavalo, famosa pelo mercado indígena de mesmo nome, que traz artesanato, tecidos, música, oficinas têxteis, culinária e população bastante coloridas e características.
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Vulcões no Centro do Equador:
Pouco mais de duas horas depois de Quito, sentido sul do Equador, chegaremos a um dos maiores vulcões ativos do mundo: Cotopaxi, com 5.897m. É possível chegar até um refúgio na metade do vulcão, mas com as elevadas altitudes e a neve que por vezes dá as caras, um ponto que recomendamos mais é a Lagoa de Limpiopungo, nos pés de Cotopaxi, que além de bem arborizadas, oferecem uma ótima vista do “pescoço de lua”, nome dado pelas comunidades indígenas pela beleza do colosso.
As duas próximas cidades ainda nos guardam alguns gigantes. Em Baños, além do vulcão Tungurahua, considerado um dos mais ativos da América do Sul, apresentou algum tipo de atividade cinco vezes desde 2010, mas sem resultar em danos. E perto de Riobamba, veremos ao fundo o Chimborazo, o mais alto vulcão do Equador, com 6.267m. Aliás, apesar do Everest ser a mais alta montanha contada do nível do mar, se fizéssemos a contagem a partir do centro da Terra, nosso colosso equatoriano seria o novo campeão. Isso porque o raio do planeta é maior quanto mais próximo do Equador. Em números, teríamos 6.382km do Everest contra 6.384km de Chimborazo.
Mas para refrescar um pouco os cabeças-quentes do planeta, em Baños, duas cachoeiras (Manto da Noiva e Caldeirão do Diabo) te esperam para renovar as energias para podermos seguir viagem. Confira aqui o roteiro para conhecer todos esses colossos.
Cuenca e Guayaquil, outras grandes cidades do Equador
Antes de chegarmos às cidades, faremos duas paradas estratégicas para conhecer construções do passado que nos encantam até hoje. A primeira é o Nariz do Diabo, uma via férrea construída no século XIX em zigzag para cruzar uma montanha perpendicular e conectar Quito a Guayaquil. No passado, esta foi uma das rotas mais complicadas do mundo, que se acreditava inclusive ter sido concebida pelo Diabo, já que muitos homens morreram em sua construção. Hoje, depois de uma série de deslizamentos, fica aberto apenas o trecho que inclui o trem indo de frente no zig e de costas no zag para dar uma noção aos turistas.
Outra parada são as ruínas de Ingapirca, complexo construído entre os séculos XV e XVI como centro administrativo, astronômico e religioso dos Cañaris, grupo indígena que por aqui habitava. E antes que você pense que os responsáveis pelas ruínas sejam os espanhóis, o império inca ocupou antes e transformou o espaço em um forte militar; aí sim os europeus trataram de usar as últimas pedras para construir suas casas. Uma região cheia de história e que muitos consideram uma versão menor de Machu Picchu, já que alguns aventureiros também alcançam as ruínas através de trilhas incas.
E antes de entrarmos de vez no mundo animal, conheceremos Cuenca e Guayaquil, duas cidades importantes na formação do Equador; a primeira, inclusive, é considerada Patrimônio Mundial Cultural pela Unesco. Em ambas, veremos o choque do clássico com o moderno.
De um lado, catedrais coloniais, feiras de artesanato local, mercados de flores, esculturas que retratam encontros históricos (La Rotonda, entre Simon Bolívar e San Martín). De outro, parques urbanos com vistas portuárias, novas igrejas e mirantes (El Mirador Turi, que tem uma vista 150m acima de Cuenca, incluindo um longo balanço que te faz sentir nas nuvens). Mas um dos destaques é, sem dúvidas, o Parque Seminário, em Guayaquil, onde além das pombas, os banquinhos e luminárias de praça são tomados por iguanas.
São tantas opções que você pode até se perder no que fazer. E olha que nem falamos de Galápagos, que você pode ler neste outro texto.
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