Desde crianças, nós sempre ouvimos falar sobre a diversidade da Amazônia. Diversidade de flora, diversidade de fauna… Mas por que nós ainda ficamos confusos quando ouvimos falar sobre a diversidade de “Amazônias”? Hoje, o Blog Vida ao Ar Livre busca te apresentar uma delas: o Pará.
Onde fica e como ir para o Pará?
O Pará é o segundo maior estado do Brasil, fazendo fronteira com o Amazonas, que ocupa o primeiro lugar nessa lista. Não é à toa, portanto, que a maior parte do seu território seja tomada pela Floresta Amazônica! Ela ocorre na forma de matas de planície de inundação e de terra firme. Mas isso não é tudo, como comprovam os campos e cerrados que ocupam o restante do seu território.
A maneira mais prática de chegar à sua capital, Belém, saindo de São Paulo, é de avião. Existem voos diretos que partem do Aeroporto Internacional de Guarulhos e duram, em média, 3h25. Muitos, porém, saem do Aeroporto de Viracopos e têm escala em Brasília. Esses podem ter uma duração total que varia entre 6h e 11h de voo.
Melhor época para conhecer o Pará?
Considerando onde fica o Pará, como o estado é cortado pela Linha do Equador, não dá para esperar outra coisa senão calor o ano inteiro. De fato: em Belém, por exemplo, a temperatura média anual é de 26ºC. A diferença é percebida através das estações seca e chuvosa, sendo que a chuvosa se dá entre dezembro e maio. O vulgo “inverno”, segundo a população local.
Apesar de não fazer frio nesse inverno amazônico, a chuva pode atrapalhar muitos dos passeios ao ar livre, que são o grande atrativo para os turistas que visitam a região. Se essa é a sua intenção, talvez o “verão”, entre os meses de junho e novembro, seja a melhor época para conhecer o Pará.
Belém
Belém, a capital do Pará, é uma excelente porta de entrada para quem está visitando a Amazônia pela primeira vez. Algumas pessoas alegam, inclusive, ser uma melhor opção do que Manaus. A razão por trás disso é que a cidade tem uma ótima infraestrutura, apresentando várias opções de passeios dentro do próprio centro urbano. Assim, esse destino é ideal para quem ainda não se sente preparado para adentrar a floresta e passar vários dias lá.
O que fazer em Belém
No início do século XX, Belém era conhecida como “Paris n’América”, tanto eram as suas similaridades arquitetônicas com as cidades europeias. Felizmente, muitas dessas construções foram preservadas. Então, ao mesmo tempo em que Belém evoluiu para um centro urbano, você ainda encontrará palacetes, casarões e igrejas do período colonial na Cidade Velha.
O Theatro da Paz, nesse sentido, talvez seja a construção mais imponente em Belém, além de ser um dos seus principais atrativos. Construído com as riquezas advindas da época áurea do Ciclo da Borracha, ele é europeu tanto em sua própria fundação. O piso é de pedras portuguesas, os lustres e estátuas são de bronze francês e a escadaria é de mármore italiano!
Como não poderia faltar, o Mercado do Ver-o-Peso também é outra oportunidade de testemunhar o Pará em suas mais diversas formas e cores. É por lá que são escoados os produtos extraídos da floresta e dos rios da Amazônia. Você irá se surpreender com a quantidade de plantas e alimentos que nunca viu na vida!
Confira aqui nossos roteiros que passam por Belém.
Ilha de Marajó
Apesar de não se destacar muito no mapa do Brasil, a Ilha de Marajó é gigante. Seus 40.000m² fazem com que ela seja maior do que a Bélgica! E tudo isso não é em vão: ela abriga o maior acervo de descobertas arqueológicas de toda a bacia amazônica. Além de, claro, lindas praias e manguezais. Só a classificação de Marajó como “maior ilha marítimo-fluvial do mundo” já deveria te incitar a descobrir com os próprios olhos o que mais esse destino paradisíaco tem para te revelar!
O que fazer na Ilha de Marajó
Até 2016, para chegar em Marajó, era só mesmo de balsa, barco ou navio. Saindo de Belém e navegando pelo Rio Amazonas, a viagem durava mais ou menos duas horas. Hoje, existem voos fretados que te levam lá em apenas 20 minutos. De qualquer forma, aproveite essa travessia, porque a paisagem que circunda a ilha também é maravilhosa.
Os campos inundáveis de Marajó abrigam uma fauna diversificada: maguaris, garças brancas e azuis, guarás vermelhos, mergulhões, patos selvagens, e às vezes até macacos guariba e capivaras. O nível das águas desses campos varia de acordo com as marés oceânicas, tornando a região naturalmente muito fértil. Por conta disso, ela virou foco de muitas pesquisas de geomorfologia.
O manguezal também compõe o cenário local, e você pode explorá-lo através do Furo Miguelão. Esse é um caminho que foi construído à força humana no começo do século XX, para encurtar a navegação entre as fazendas da região. Por fim, para conhecer um pouco mais da cultural local, nada como os ateliês de cerâmica e couro, que produzem arte baseada nas diversas etnias indígenas que habitaram Marajó.
Confira aqui nossos roteiros que passam pela Ilha de Marajó.
Alter do Chão
Eleita, em 2009, como a praia mais bonita do Brasil pelo jornal britânico The Guardian, a vila de Alter do Chão, em Santarém, é quase como um paraíso perdido. Há praias de águas mornas e doces, árvores milenares, igarapés e comunidades tradicionais que fazem o seu queixo cair. Chega a ser estranho pensar que a região norte uma dia foi negligenciada por seu potencial litorâneo!
O que fazer em Alter do Chão
A única coisa com a qual você precisa se preocupar em Alter do Chão é a época em que você pretende visitá-la, pois as paisagens mudam bastante de acordo com o regime de chuvas. As praias de areias branquinhas, por exemplo, você só vai encontrar durante a seca.
Da mesma forma, para quem está em busca do Igarapé do Macaco, um caminho de águas cristalinas, é melhor se organizar para o período entre agosto e janeiro. Já para quem quer conhecer a Floresta do Caranazal, os meses entre fevereiro e julho são ideais, já que a floresta fica submersa nesse período.
O pôr-do-sol na Ponta do Cururu, porém, é esplêndido seja na época do ano que for. Essa formação de ponta de areia lançada sobre o rio permite que você esqueça todos os seus problemas momentaneamente e apenas aprecie o que está à sua frente. Esse também é um bom momento para avistar os botos, que costumam brincar nesse local no cair da tarde.
E se você está em Alter do Chão, não perca a chance de conhecer a Floresta Nacional dos Tapajós, uma reserva florestal de 600.000 hectares. Lá, você irá encontrar a comunidade de Maguari, que abriga cerca de 50 famílias cuja economia é baseada na manipulação sustentável dos recursos da floresta. Na Pisa, a experiência é acompanhada de um almoço rústico na casa de um dos moradores da região.
Enquanto, na maioria dos roteiros, a hospedagem em Alter do Chão é feita em hotéis no continente, vale lembrar que essa não a sua única opção. Nesse roteiro, por exemplo, você pode conhecer o local através de seus rios, ficando a bordo de um barco que te oferece vistas que outros alojamentos não poderiam oferecer, por exemplo.
Confira aqui nossos roteiros que passam por Alter do Chão.
Agora que você já sabe onde fica, como ir e os principais atrativos do Pará, que tal não deixar passar essa chance de conhecer melhor a Amazônia e a sua cultura local? Para escolher o melhor roteiro para você, conte com os serviços da Pisa Trekking. Especialistas em ecoturismo, nós oferecemos várias opções de pacotes para o Pará. Confira todos eles aqui e tire todas as suas dúvidas com nossos atendentes.
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