A Amazônia é uma das sete maravilhas naturais do mundo, e abriga a maior biodiversidade do planeta. Mas a imagem da floresta tropical densa, onde o sol mal parece penetrar, também sofre alterações ao longo do ano de acordo com o regime de chuvas da região. Por isso, o Blog Vida ao Ar Livre te ajuda a decidir qual a melhor época para ir à Amazônia.
Período de cheia: de maio a setembro
O ano na Amazônia pode ser dividido a partir do nível da água dos rios, separando o período de cheia e o período de baixa. Entre um e outro, esse nível pode apresentar uma variação de até 15 metros. Apesar de as chuvas serem as principais responsáveis por esse fenômeno, o degelo da Cordilheira dos Andes também é um fator contribuinte, tendo em vista que a nascente do Rio Amazonas está localizada lá.
Essa diferença causa mudanças expressivas na paisagem, e os passeios variam de acordo. Durante a época de cheia, algumas regiões da floresta, por exemplo, fica completamente alagada, inviabilizando qualquer caminhada em terra firme.
Mas os hotéis da região se adaptam bem ao fenômeno. O Uacari Lodge, por exemplo, está localizado na Reserva Mamirauá, a maior floresta de várzea do mundo. Sendo assim, para não precisar se preocupar com o aumento do nível das águas, a pousada está situada sobre o próprio rio e conta com mecanismos que a permitem flutuar. Contudo, como tudo ao seu redor está inundado, os hóspedes utilizam barcos para passear, e só caminham mesmo pelo deck pousada.
Já o Juma Lodge utiliza mecanismos diferentes. Construída sobre palafitas, a pousada está visivelmente assentada sobre terra firme no período de baixa; mas, no período de cheia, as palafitas praticamente desaparecem em meio às águas.
De forma geral, como é possível notar, o período de cheia é ideal para quem quer fazer passeios de barco em meio à floresta, através dos igapós e igarapés. Essas regiões contam com vegetação que se adapta ao período de cheia, e muitas árvores que originalmente mediam 20 metros, agora só exibem 5 metros para fora da água. Navegar em meio às copas é uma experiência que só a Amazônia proporciona.
O período de cheia também é ideal para fazer a observação de animais. Isso se deve ao fato de que algumas espécies, como a onça-pintada e a pantera negra, começam a exibir um comportamento arbóreo quando as águas inundam as florestas. Sendo assim, elas se refugiam nos troncos e galhos das árvores, e a restrição do movimento faz com que avistá-las se torne relativamente mais fácil na Reserva de Mamirauá, por exemplo, que oferece um programa especialmente pra isso durante esta temporada.
Período de baixa: de outubro a março
Já no período de baixa do rio, as atividades de trekking em meio à mata podem ser retomadas. Mesmo para quem está hospedado no Uacari Lodge, que está localizado sobre o rio, é possível pegar um barco até a terra firme e fazer uma trilha interpretativa que busca te apresentar à fauna e flora local. Visitas às comunidades ribeirinhas também costumam fazer parte da experiência cultural.
É durante esse período que também surgem, ao redor das florestas, praias de areias brancas e finas. Por isso, para quem busca visitar a vila de Alter do Chão, no Pará, essa é a melhor época. Alter de Chão já foi considerada a praia mais bela do Brasil pelo jornal britânico The Guardian, que destacou como praias fluviais, em meio à floresta, às vezes podem se equiparar a destinos litorâneos como o Rio de Janeiro ou até o Caribe.
A Ilha de Marajó, no Pará, também está na sua melhor época durante a baixa dos rios. Isso porque, no resto do ano inteiro, boa parte da ilha fica alagada e alguns passeios são prejudicados. Mas, durante a baixa, os campos e as savanas aparecem novamente, e os animais procuram os pequenos lagos que se formam para tomar água, facilitando a avistagem.
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