A pior parte da pandemia já passou, mas algumas tendências vieram para ficar. As escapadas para a natureza, a valorização do nacional e a aderência aos protocolos de saúde definiram as viagens no último ano e meio, e marcam a reestruturação de um setor que perdeu quase US$ 4 trilhões globalmente, mas que está pronto para reconquistar seu espaço. A seguir, o Blog Vida ao Ar Livre fala mais sobre o turismo pós-pandemia.
Vacinação e protocolos de saúde
A pandemia só poderá ser completamente controlada através da vacinação, e, portanto, os comprovantes e certificados continuarão sendo exigidos por países ao redor do mundo no futuro previsível.
Alguns países, como o Canadá, aceitam apenas viajantes que receberam as mesmas vacinas que a população local recebeu. Outros, como Alemanha e França, aceitam apenas vacinas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos, que, por ora, não inclui a Coronavac. Países como Portugal e Peru, porém, aceitam teste contra Covid-19.
Dentro do Brasil, também é possível encontrar restrições. A partir de dezembro, Fernando de Noronha, por exemplo, aceitará a entrada apenas de turistas com vacinação completa. Embora dependa do estado e do estabelecimento, o mesmo também poderá se aplicar a teatros, cinemas, restaurantes, bares e grandes eventos no país.
Por enquanto, apenas 43% da população brasileira está totalmente imunizada, segundo dados compilados pelo G1. Assim, o uso de máscara em ambientes fechados e álcool em gel também será necessário por um bom tempo, bem como a flexibilidade e adaptabilidade do viajante, que poderá se deparar com protocolos que mudam subitamente e requerem uma alteração de planos.
Destinos nacionais
Com a inviabilização das viagens internacionais, a pandemia demonstrou que o turismo no Brasil pode ser bem mais do que um mero substituto. As viagens de “bate e volta” foram as primeiras a retornar, e provaram que mesmo um passeio de final de semana pode render experiências variadas e marcantes, ou ser a oportunidade para um relaxamento há muito tempo aguardado.
As viagens para o litoral continuaram liderando: em São Paulo, os feriados enchiam as cidades de Ubatuba e Caraguatatuba, chegando a render notícias sobre as filas que se formavam nos restaurantes e supermercados. Por outro lado, os roteiros de praias desertas, bem como as estadias em pousadas no interior e os trekkings pelos parques nacionais locais foram considerados alternativas mais seguras.
A instauração do home office também fez com que muitas famílias optassem por deixar os centros urbanos em direção a outros destinos que oferecessem maior qualidade de vida e isolamento. Muitos empreendimentos até adaptaram as suas instalações para receber pais e filhos que trabalhavam e estudavam remotamente, apostando em conexões Wi-Fi cada vez melhores.
A valorização do turismo nacional também fez com que a população prestasse apoio às pequenas cidades que dependem do turismo para sobreviver, e que haviam deixado muitas pessoas sem renda durante a pandemia. Esse foi o caso de Bonito, capital do ecoturismo no Brasil, e onde muitos guias turísticos receberam doações de cestas básicas. Tudo isso fez com que a população brasileira redescobrisse o seu próprio território.
Lugares abertos
De maneira complementar, os destinos de natureza e de atividades ao ar livre também levaram a preferência durante a pandemia. Embora os grandes eventos estejam voltando, por muito tempo era praticamente impensável ficar dentro de um museu ao lado de centenas de visitantes, ou encarar filas para ver um determinado atrativo.
Assim, os parques nacionais ocuparam essa lacuna e encantaram milhares de turistas que se aventuraram por eles pela primeira vez. As opções de passeios, afinal, eram muitas: existiam roteiros mais contemplativos, para aqueles que queriam relaxar, e que ofereciam uma estadia confortável em meio à natureza, com passeios a cavalo, passeios de barco e degustação de queijos e vinhos, por exemplo.
Existiam também roteiros mais ativos, que incluíam atividades como rafting, trekking e cicloturismo, disponíveis para diferentes níveis de experiência e que permitiam um contato mais próximo com a natureza.
De qualquer forma, os benefícios para a saúde também se mostraram uma grande vantagem. Enquanto a pandemia fez com que a maioria das pessoas permanecesse dentro de casa, com pouco estímulo físico, os parques nacionais ofereciam ar mais puro, paisagens mais ricas e vivências mais ativas e autênticas.
Sustentabilidade
A pandemia reforçou o olhar social de boa parte da população. Histórias de perdas, superação e cooperação inundaram os noticiários todos os dias, e gereram reflexões a respeito da sustentabilidade do nosso modo de vida atual. Com seus efeitos já podendo ser sentidos na pele, as discussões sobre mudança climática se tornaram mais frequentes e contundentes.
Assim, em diversos setores - seja indústria, bens de consumo e até mercado financeiro -, foi possível notar um esforço para priorizar os empreendimentos e investimentos sustentáveis, que buscam criar um espaço harmonioso entre o ambiental, o social e o econômico. Aqueles que não têm essa ambição são denunciados, deixados para trás e esquecidos.
No turismo, afinal, são as próprias empresas que devem ter o maior interesse em preservar a natureza e a cultura dos lugares onde operam, já que é essa autenticidade que costuma atrair turistas de outras regiões. Por isso, cada vez mais, é possível encontrar hotéis que utilizam energia limpa, oferecem empregos à população local, apoiam pesquisas e educam os visitantes sobre boas práticas na natureza.
Embora esse movimento tenha começado antes da pandemia, foi através dela que ele tomou força. O setor turístico passou por poucas e boas ao longo do último ano e meio -, segundo uma estimativa feita pelas Nações Unidas, o setor sustentou perdas de aproximadamente US$ 4 trilhões desde o começo de 2020. Porém, foi a partir disso que a oportunidade por uma mudança efetiva se abriu.
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