Tikal é uma das ruínas mais impressionantes da civilização maia, mas a Guatemala tem muito mais para oferecer.
Esse pequeno país na América Central reúne atrativos para todos os tipos de viajantes: desde os que gostam de praia, aos que sonham em se aventurar por florestas para ver ruínas maias mais antigas do que as do México.
É um destino ainda pouco explorado pelo turismo - apesar de ter um clima ameno, possuir costa para dois oceanos, fazer parte da Rota Maia que liga Belize, Honduras e México, e ainda ter uma excelente rede hoteleira e de serviços.
O território da Guatemala foi descoberto em 1523, pelo Império Espanhol, e diferente dos outros países com povos ancestrais, os descendentes direitos dos maias ainda vivem em suas terras e preservam a sua cultura.
É um verdadeiro caleidoscópio de cores, odores e sabores. A sua riqueza cultural é tão significativa que foi reconhecida pela UNESCO como um dos patrimônios imateriais mais importantes do país.
Prepare-se para se surpreender, viver uma viagem intensa, e se perguntar o porquê de não ter visitado a Guatemala antes!
Visão geral sobre a Guatemala
Idioma: o idioma oficial é o espanhol, além dos idiomas locais. A maioria dos guatemaltecos são bilíngues.
Visto: não exige visto para brasileiros.
Vacina: é obrigatória a vacinação contra febre amarela, e recomenda-se a vacinação contra Covid-19.
Dinheiro: o quetzal é a moeda corrente nacional da Guatemala. Cartões de crédito e débito são bem aceitos.
Segurança: o destino é seguro para turistas em geral, e em especial para as mulheres. Mas, como em todas as grandes cidades, há oportunistas e batedores de carteiras. Assim, mantenha sempre seus pertences bem guardados e evite exibir dinheiro em público.
Vestimenta: em comunidades mais tradicionais, há um código de vestimenta em que as mulheres não exibem ombros, colo ou pernas. Porém, turistas estão isentos desse julgamento e, em áreas urbanas, essa regra já não é tão presente.
Transporte: há meios de transporte bem pitorescos na Guatemala, como os tuk-tuks (motos com cabines para passageiros) e o chicken bus (ônibus de linha colorido). Mas, por segurança, prefira andar a pé ou chamar carros por aplicativo, já que eles funcionam bem e aceitam pagamento com cartão.
Comida: a comida guatemalteca tem como base batata, banana da terra, abacate e milho. Você vai encontrar sempre uma opção como tortilla ou milho cozido. Os carnívoros vão poder apreciar bons cortes de carne bovina ou frango. E ainda há diversas opções de comida internacional. Em Antigua, não deixe de conhecer os fast foods que foram instalados em antigos casarões na rua principal. São lindos e espaçosos.
Comércio local: o artesanato local é principalmente têxtil e uma blusa bordada feminina, chamada “huipil”, por exemplo, custa a partir de US$ 100, dependendo do trabalho, já que toda a produção é manual desde o plantio do fio de algodão ao bordado. São obras de arte que muitas pessoas compram para usar ou para colocar em quadros em suas casas.
Colares ou pulseiras de jade verde ou negro, entalhados com o seu nahual, custam em torno de US$ 20. Nahual ou nawal, na mitologia mesoamericana, se refere à crença de que toda pessoa possui um animal para orientá-la e protegê-la. Você poderá descobrir o seu nahual a partir de um cálculo e adquirir a imagem em jade ou outro material.
No comércio em geral barganhe, sempre irá conseguir desconto.
Principais atrativos turísticos da Guatemala
1. Lago de Atitlán
O Lago Atitlán é uma das principais atrações turísticas do país, por causa da sua localização, paisagem e diversas cidade e vilas em seu entorno. Está apenas a 1.500m de altitude, possui 130 km² e é considerado o lago mais profundo da América Central.
Rodeado pelos vulcões Atitlán, Tolimán e San Pedro, as águas azuladas do lago - que outrora foi também uma cratera - compõem uma paisagem de sonho. Os pitorescos vilarejos ao redor podem ser acessados por barcos. Cada um deles possui idioma e características próprias, que atraem os mais diferentes tipos de turistas.
É uma imersão na cultura maia, juntando o antigo com o novo em uma mistura constante. As cidades mais visitadas são:
- Panajachel ou “Pana” como chamam os locais, é a maior cidade e onde se hospeda a maioria dos visitantes. Possui diversos hotéis e restaurantes, sendo também o ponto de embarque nas lanchas que atravessam o lago para visitar as outras cidades.
- Santiago é a outra cidade grande do lago. Carrega a cultura e a ancestralidade maia no seu dia a dia. Possui um comércio frenético, e é também a casa de uma divindade chamada Maximón, que é puro sincretismo entre os rituais maias e os católicos.
- San Pedro é considerada a mais agitada, e por isso é a mais visitada pelos que gostam de bons drinks e festas durante o pôr do sol.
- San Juan La Laguna, por outro lado, é tranquila, com muito artesanato, onde os tecelãs e pintores se reúnem. É a mais colorida e artística.
- San Marcos é o povoado mais rústico e hippie do lago, concentrando naturistas, místicos e até locais holísticos de massagens e de rituais maias, como o ritual sagrado do cacau (Lavalove), conduzido por um xamã maia. Para participar do ritual deve-se agendar pelo site. Nele, o cacau é tratado como um nutriente sagrado, assim como nos tempos maias, onde ele era usado amargo para fins medicinais. Na cidade, é possível adquirir amêndoas de cacau torradas cultivadas localmente, com o seu sabor único e interessante.
2. Chichicastenango
Localizada a menos de 1 hora de Panajachel, Chichicastenango é o local onde as pessoas dos vilarejos se reúnem para vender suas produções. Às quintas e domingos, as ruas viram labirintos multicoloridos com a grande feira a céu aberto.
Mas o maior destaque são as pessoas que desfilam orgulhosamente seus coloridos trajes típicos e ali vivem a sua vida como a de seus antepassados, com sua própria cultura e costumes. Cada povoado possui seus próprios artesanatos, roupas e bordados, e os descendentes dos maias usam seus trajes típicos sempre, não apenas em dias festivos.
Tudo isso é hipnotizante: a explosão de cores invadindo os espaços cheios de pequenas barracas de artesanato em lã ou algodão, cerâmica, tapetes, palhas, frutas, arte em madeira, tecidos, instrumentos musicais, máscaras, velas, flores e joias. O aroma de flores, comida preparada na hora e incenso inundam o ar.
No meio de todo mercado ainda podemos ver os rituais maias sendo realizados nas escadarias da capela do Calvario e Igreja de Santo Tomas. Um verdadeiro show.
3. Antigua
Antigua reúne casarões antigos espanhóis. É uma cidade colonial única, com diversos restaurantes e hotéis, além de estar cercada por vulcões.
Recomenda-se que fique pelo menos 1 dia inteiro nesta cidade, para explorar as ruínas dos mosteiros e conventos, e caminhar pelas ruas coloniais com seus casarões antigos reformados.
Outra atividade imperdível é fazer trekking subindo um vulcão, em um passeio de meio dia. A subida do Pacaya, por exemplo, tem um tempo médio de 6 horas no total, sendo 4 de caminhada, passando pelo rio de lava seca e cinza na encosta do vulcão.
4. Ruínas maias
Em toda América Central há ruínas maias, e na Guatemala nós encontramos muitas, já que essa região foi o berço da civilização maia. Essa terra abrigou grandes guerreiros, sacerdotes, príncipes, reis, deuses antropomórficos, jaguares e muito mais.
Hoje, ainda é possível sentir a força dessa civilização em suas ruínas, que exibem orgulhosamente as quadras dos jogos de bola (pokta-pok), estelas com desenhos de seus governantes, grandes pirâmides e templos, e um intricando sistema de calendários com cálculos e inscrições ainda não revelados.
Isso sem falar das cidades ainda a serem descobertas. Mistérios e revelações que encantam e fascinam a todos.
Iximche é uma das ruinas mais próximas da Cidade da Guatemala, e apesar de ter sido pouco escavada, as suas ruínas são uma preparação para os outros sítios que serão visitados.
Ao norte, Petén é a região de floresta onde os templos e pirâmides maias gigantescos ultrapassam as árvores, criando uma visão de outro planeta. Aconselhamos se hospedar em um hotel de floresta onde poderá ver animais como macacos, aves, entre outros.
Não deixe também de visitar as ruínas de Topoxte e Yaxha. A pequena Topoxte fica em uma ilha que podemos acessar de barco, onde o templos são baixos e acredita-se ter sido uma zona ritualística. Yaxha é uma cidade maior composta por diversas pirâmides.
5. Tikal
Tikal é a outra cidade que tem que ser visitada. Ela é a maior cidade da região, com diversos caminhos, pirâmides, palácios e templos.
A praça central é incrível com seus dois grandes templos - Templo I (El Gran Jaguar) e o Templo II (Mascaras) - e mais 7 templos. É uma visão que deixa qualquer pessoa atordoada. E ainda é possível acessar o topo de diversos templos através de uma escada construída atrás deles.
Os fãs de Star Wars poderão ser transportados para outra galáxia sobre o Templo IV, o mais alto e de onde se avista a cidade de uma forma única, e se vê os monumentais templos de pedra emergindo da floresta.
Surreal. Uma experiência única.
Escolha a melhor época para você
A Guatemala apresenta duas estações principais: a chuvosa (ou inverno), que se estende de maio a outubro, e a seca (ou verão), de novembro a abril. Essa segunda é, sem dúvida, a melhor época para visitar o país.
Agora que você já sabe mais sobre a Guatemala, que tal começar a pensar em uma viagem? Para tanto, conte com os serviços da Pisa Trekking. Especialistas em ecoturismo, oferecemos várias opções de pacotes para a Guatemala. Confira todos aqui e tire todas as suas dúvidas com nossos atendentes!
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