Uma pergunta que sempre nos fazem aqui na Pisa: eu preciso de equipamento para fazer trilha?
Não existe uma resposta exata, até porque cada roteiro de viagem e situação tem suas particularidades. Fato é que fazer uma aventura, sair da zona de conforto, encarar um desafio novo, é muito diferente de sofrimento. Por isso, sempre que uma atividade nos leva a situações mais extremas é necessário estarmos prontos para encarar esta nova realidade.
Existem vários equipamentos que melhoram o desempenho para atividades muito longas, como o Monte Roraima, ou que são específicos para atividades extremas, grandes expedições como subir o Kilimanjaro, e iremos abordá-los em outras postagens. Mas, agora, vamos falar de dois equipamentos básicos e fundamentais: bota e mochila de ataque .
Você já tem uma boa bota? Quando vamos para uma trilha nosso pé está sob uma situação diferente daquela do dia a dia. Em um caminho acidentado o tornozelo fica muito mais vulnerável, e se você está de tênis a falta de proteção pode provocar uma torção. Algo que pode ser evitado se você estivesse com um pisante de cano alto. Então, mais do que se perguntar se precisa ser impermeável ou não, que marca ou que material comprar, é importante ter em mente que ter uma bota é essencial.
Outro equipamento muito importante é a mochila de ataque. Existem basicamente dois tipo de mochila: a cargueira, que carrega um grande volume e é propícia para longas expedições, e as mochilas de ataque, que usamos para trekkings mais leves para carregar os itens essenciais.
Da mesma forma que quando começamos a andar de bicicleta passamos a comprar cada vez peças melhores pra magrela, a medida que começarmos a fazer trekking vamos querendo também cada vez equipamentos melhores, mais leves, mais tecnológicos. Tudo que jogue a nosso favor na hora de termos mais conforto.
Seguindo essa lógica, depois que você começar a fazer caminhadas mais longas vai começar a reparar como sua simples mochila é incômoda. Uma boa mochila de ataque precisa ter uma boa ventilação nas costas, cintas na cintura pélvica e escapular, que mantém a mochila mais junta ao corpo e, com isso, melhora e muito a estabilidade e o conforto na caminhada. Sem contar outros muitos fatores que tornam uma mochila mais apropriada para caminhadas ao ar livre, como capa de chuva e tecido especial que evita rasgos. Na Travessia do Vale do Pati, por exemplo, em que caminhamos vários dias seguidos, é fundamental estar sempre com uma mochila de ataque nas costas, e se ela for apropriada com certeza irá proporcionar uma experiência mais agradável na trilha!
Na nossa próxima postagem vamos falar sobre roupas técnicas e o sistema de camadas de roupa.
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Sou “veterano” de Pisa e sei muito bem a importância desse assunto. Uma coisa é sair para passear, outra é sair para se aventurar. Uma coisa é ser um inconsequente: tudo pode dar certo, tudo pode dar errado. Outra coisa é trabalhar limites minorando ao máximo a possibilidade do erro. Parabéns e fico no aguardo dos próximos comentários, principalmente quanto a roupas pois vou fazer a Travessia da Serra Fina em julho e busco informações para comprar as roupas certas, andar com conforto sem me sentir um robô.