Pra jogar futebol usamos chuteiras. Pra andar de skate, capacete. Para todo esporte, sua vestimenta. E, mesmo assim, muita gente acha que pra fazer uma trilha qualquer sandália e camisa regata serve. Só que não! É muito importante estar atento à roupa, ao calçado e à mochila que você vai levar para sua próxima trilha. Dependendo de cada clima, tipo de relevo e dificuldade do percurso, as características destes equipamentos mudam, e saber identificar as necessidades é muito importante. Por isso, hoje vamos falar sobre a roupa para trilha que você precisa conhecer antes de ir para sua próxima aventura.
Guarde seu casaco de couro para uma festa chique e sua calça jeans para o happy hour de sexta. Na trilha, é importante estar vestido com roupas especiais que irão te proteger do frio e da umidade, além de serem mais leves e compactas.
Chamamos de sistema de camadas este manequim especial estilo trekker. Vamos à ele em detalhes:
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A camiseta dry fit
A primeira camada é aquela que fica em contato com o corpo. Meia, luva, calça e principalmente a camiseta.
A dica é simples, e esteja atento à ela: evite roupas de algodão.
O algodão possui a característica de reter a umidade. Isso pode se tornar um grande problema na trilha. Pense a respeito. Você está fazendo o trekking no Monte Roraima e o rosto pinga de suor. Ou então está caminhando pela Serra da Mantiqueira, que tem subidas íngremes e um trajeto longo. Mesmo que a altitude da montanha deixe o ar gelado, seu corpo esquenta com o exercício e o suor é inevitável.
A camiseta de algodão em um caso como este vai ficar encharcada, e quando você parar de andar e o corpo esfriar, você começará sentir um frio muito grande, fruto da umidade da camiseta, que parece não secar nunca. O mesmo acontece com as meias, que deixam seu pés molhados.
Nestes casos, use camisetas de tecido chamado dry fit são muito mais recomendadas, porque em poucos minutos no sol ela estará seca, e seu corpo vai agradecer por isso. Meias técnicas com tecido sintético também são importantes. Mais caras, é verdade, mas fazem toda diferença.
A Segunda Pele
A segunda camada é a o que chamamos de segunda pele. A dry fit é ótima por secar rápido, mas se você está fazendo uma trilha em um local de muito frio, certamente terá outras blusas por cima que vão impedir que o corpo seque. Aí entra a segunda pele. Um tecido especial, que tem a característica de ter um lado hidrofóbico, e outro hidrofílico.
Oi! Como?
É um tecido que, do lado de dentro da roupa, em contato com o corpo, ele expulsa a umidade (hidrofóbico), jogando-a para o lado que não está em contato com a pele.
Esta funcionalidade é muito importante. Pense: os trekkings em Torres del Paine, no Chile, ou em qualquer região de altitude, como o Himalaia, são regidos por ventos fortes e clima muito severo. É fundamental estar agasalhado, mas se o corpo está molhado o frio será insuportável, mesmo com o guarda-roupa inteiro te protegendo.
Pele seca, essa é a palavra de ordem!
O Fleece
A terceira camada é a que, efetivamente, nos protege do frio.
Na verdade, a lógica do sistema de camadas é que, sendo independentes uma da outra, você consiga adaptar-se a cada situação particular. Ou seja, se não estiver frio, ela é desnecessária. Se estiver frio demais, então você precisará reforçá-la.
Um tipo especial de blusa é o mais conhecido para esta camada. Ele se chama fleece, e usa um tecido chamado de "polar". Ele funciona de forma muito simples e eficaz: é um pano sintético que forma microbolhas de ar dentro da própria malha. O ar é um excelente isolante térmico. Diga-se de passagem, é o ar dentro da densa pelagem de animais de regiões frias, como os ursos, que os protege do frio intenso. O fleece age da mesma forma, e é a espessura do tecido, que pode ser mais grossa ou mais fina, é que vai dizer qual a faixa de temperatura que a peça suporta.
E o fleece não é importante só em trilhas em lugares frios. Por ser uma peça compacta, é importante ter sempre um na mochila. Pense, mesmo na Chapada Diamantina, a hora que o Sol se põe bate aquela friaca. E, passar frio, definitivamente, não é nada legal!
Mas existe um detalhe a se ressaltar nesta peça. Sabe aquela blusa de lã que sua vó fez. Ela é ótima, nada contra a matriarca da família. Mas é só ventar que você passa um frio danado, não é? Pois é, quando o ar frio atravessa a blusa de lã, ou o fleece, no caso (que também é todo furadinho), sentimos frio. Por isso precisamos da última camada!
O Anorak
A quarta e última camada é aquela proteção final contra as intempéries do tempo. Quem gosta de termos mais técnicos vai chamar esta peça de Anorak. Os que se importam menos chamarão de corta-vento, e a verdade é que até a capa de chuva entra nessa categoria.
E ela é muito importante, afinal de contas, protege o corpo daquela chuva de fim de dia no litoral da Bahia, do vento cortante do Salar de Uyuni, da chuva torrencial da Amazônia. Assim como o fleece, o anorak tem gradações de capacidade. Vai desde opções bem leves, para clima quente e seco, até alguns que aguentam um dilúvio pra te manter sequinho e feliz, mesmo em uma situação aparente desfavorável.
Aparentemente, porque quando gostamos mesmo de trekking qualquer clima é ótimo para enfrentar uma trilha! Ainda mais se estivermos vestidos como pede a ocasião!
E lembre-se, quando for escolher sua próxima trilha, entre em contato com a Pisa Trekking. Seja em uma grande expedição ou em uma trilha de uma dia, aqui sua aventura é levada a sério!
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Agora sei das nlusas p mo tamhas frias tipo Torre Del Paine e as calças ?
Sistema de camadas também, Telma! Segunda pele e a camada impermeável funcionam muito bem!