Torres del Paine é um parque nacional do Chile conhecido no mundo inteiro por suas paisagens que mesclam montanhas, lagoas, glaciares e uma rica vida silvestre. Com esta combinação perfeita, se tornou um dos lugares mais cobiçados do mundo por amantes de ecoturismo e turismo de aventura. Dentre as atividade mais procuradas pelos visitantes, a trilha conhecida como Circuito W é a mais famosa de todas, e não é à toa.
Conteúdo
- 1 Localização e acesso
- 2 Hospedagem
- 3 Controle e administração do parque
- 4 O Circuito W
- 5 Primeira perna do Circuito W: Base das Torres
- 6 Segunda perna do Circuito W: Vale do Francês
- 7 Terceira perna do Circuito W: lago Grey
- 8 Dificuldade do Circuito W
- 9 Dicas importantes para fazer o Circuito W
- 10 O que levar?
- 11 Clima (temperaturas médias)
- 12 Melhor época
- 13 Guia
- 14 CONHEÇA NOSSOS ROTEIROS!
- 15 Assinar blog por e-mail
Localização e acesso
Torres del Paine fica em uma região isolada na província chilena de Magalhães. O parque, que foi declarado Reserva da Biosfera pela Unesco em 1978, só tem acesso por estradas de terra e cascalho. A cidade mais próxima é Puerto Natales, a 150km de distância. São três portarias de entrada, sendo que a Portaria Laguna Amarga é a mais utilizada para quem deseja fazer o Circuito W.
Por ser uma estrada não pavimentada, o trajeto entre Puerto Natales dura cerca de 2h30. Outra opção é fazer o percurso via El Calafate, na Argentina, que está geograficamente próxima de Torres del Paine. Essa é uma boa opção para quem quer conhecer o Glaciar Perito Moreno, uma das grandes atrações da Patagônia Argentina. Veja uma sugestão de roteiro aqui.
É importante lembrar que, por ser uma área remota, não há posto de combustível, oficina mecânica ou borracharia no caminho. Como é uma região isolada, é altamente recomendável procurar os serviços de uma agência de turismo para evitar transtornos e surpresas. Os roteiros da Pisa Trekking são variados, e contam com assistência 24h no Brasil. Vale a pena conferir as opções neste link.
Hospedagem
São diversas as opções de hospedagem dentro do parque, desde hotéis de luxo, de campo, até refúgios ou acampamentos. Pode-se optar por mais ou menos conforto, trekking parcial ou total, e quanto quer investir na viagem. Não há uma melhor opção, apenas a opção que se identifique ao seu sonho de viagem. Os hotéis ficam distantes das trilha enquanto os refúgios e acampamentos ficam nas trilhas e evitam grandes deslocamentos de carro.
A opção mais confortável são os luxuosos hotéis presentes no entorno do parque. Estes hotéis oferecem diversos passeios já inclusos, como caminhadas até os principais mirantes, passeios à cavalo e atividades culturais, como a preparação do tradicional churrasco e a tosquia de ovelhas. Nessa categoria, temos o Hotel Tierra Patagônia, que fica na beira do parque; o Hotel Explora, que fica ancorado às margens do Lago Pehoé, no meio do parque nacional; e o Hotel las Torres, localizado no início da trilha do Vale do Rio Ascencio.
Existem também hotéis de campo, como é o caso do Patagonia Camp, com quartos em forma de yurts, e o Ecocamp Torres del Paine, com quartos em forma de domos. A logística de hospedagem nos hotéis não permitem a experiência da caminhada total do W, apenas parcial. Para o Circuito W Completo apenas há as opções de hospedagem em barraca e refúgios.
Os refúgios são construções relativamente simples, com quartos e cozinha coletivos. Apesar de simples, oferecem conforto para quem está exausto depois de um longo dia de caminhada. Dentro deles o clima é quente e sempre muito amistoso. O encontro dos trekkers é sempre multicultural, e rende muitas risadas e boas histórias. E nada como dormir em um lugar quentinho e em um colchão macio, não é mesmo?
Os acampamentos são áreas delimitadas dentro do parque que possuem uma infraestrutura mínima para garantir o conforto do usuário (basicamente banheiro e água potável). Segundo Carla Latorraca, da Pisa Trekking, os acampamentos e os refúgios são sempre muito concorridos, e por isso é um grande risco ir até Torres del Paine sem ter feito reservas para se hospedar neles.
Por ser um parque muito conhecido, turistas do mundo inteiro vão até lá no período entre outubro e o fim de março. Por isso é muito importante se programar com antecedência.
Controle e administração do parque
O parque é administrado pelo Conaf, possui 3 portas de ingresso (Lago Sarmiento, Laguna Amarga e Rio Serrano) e controle de entrada onde todos os visitantes tem que se registrar e pagar uma entrada. O valor varia de acordo com o tempo de permanência dentro do parque, a partir de US$35 que podem ser pagos pela internet ou diretamente na portaria do parque.
Não é permitido dentro do parque: acender fogo, animais de estimação, jogar lixo, fumar, ciclismo, natação nos lagos, parapente, base jump, paraquedismo, operação de drones ou aparatos radio-controlados.
O Circuito W
O Circuito W Trek completo é de 5 dias de caminhada com 4 noites (76 km). Contudo, há outros circuitos de 3 ou 7 dias, que incluem apenas parte do W e outras trilhas.
Na verdade, há diversas trilhas dentro do Parque, como a Laguna Azul, Trekking Nido de Condor, Salto Paine, Mirante Norderkjold, entre outras. Todas essas caminhadas são lindas, mas estão fora do Circuito W Trek.
Assim, caso deseje fazer todas as caminhadas, terá que fazer uma logística diferente ou se hospedar em um hotel, pois, como mencionamos, o parque é muito grande e o maior problema é o deslocamento. Por exemplo, para ir do Grey até a Laguna Amarga, são pelo menos 3 horas de carro.
Enfim, Torres del Paine não é um lugar para ir apenas uma vez, pois sempre há uma trilha nova e linda.
Primeira perna do Circuito W: Base das Torres
No roteiro completo de Circuito W da Pisa Trekking a caminhada começa cedo, por volta das 8h30. A primeira etapa do trekking é uma subida de aproximadamente duas horas, com uma vista deslumbrante dos lagos, glaciares suspensos e do Monte Almirante Neto (2.670m). Depois de uma parada no Refugio El Chileno para recuperar as energias, a trilha segue para a parte final. Atravessamos o milenar bosque de Lengas até chegar à base da “Morena” (um amontoado de rochas remanescentes de um antigo glaciar).
Finalmente após uma subida de 45 minutos aparece bem diante dos olhos o mirante da Base Las Torres. Uma deslumbrante paisagem composta pela Torre Sur (2.850m), Torre Central (2.800m), Torre Norte (2.600m), o Cerro Nido de Condor e o Glaciar Torres. Ao todo são cerca de 8h de caminhada, com 13km percorridos e 900m de desnível. Este é o dia mais difícil do percurso.
Segunda perna do Circuito W: Vale do Francês
Ao descer da base das torres existe a opção de dormir no Refúgio Chileno (ainda no vale Ascencio), ou descer até a base do maciço Paine e dormir no Acampamento las Torres. A partir daí o percurso vai contornando o Lago Nordenskjöld. Após algumas horas de caminhada, sempre com o lago à esquerda e as montanhas imponentes à direita, chegamos até a entrada do Vale do Francês.
Se a opção for dormir em refúgios, o Refúgio Los Cuernos é o mais confortável de todos, e a palavra de ordem é descansar e curtir o ambiente descontraído. Outra opção é dormir no Acampamento Italiano, na entrada do Vale do Francês.
A subida se inicia pela margem do rio até chegar ao mirante do Glaciar Francês (duração de uma hora e meia, aproximadamente). O caminho continua pela mesma trilha, margeando o rio até chegar no Acampamento Britânico e, por fim, no Mirante do Vale do Frances. A vista de lá é espetacular. Uma panorâmica do "Paine Grande" e muitos outros picos de granito: o "Cerro Hoja", "Cerro Máscara", "Cerro Catedral", "Cerro Aleta de Tubarão", "Cuerno Norte".
Na descida passamos outra vez pelo Acampamento Italiano e a trilha segue até o setor do Lago Pehoé, onde está o refúgio e acampamento Paine Central. É hora de descansar para o dia seguinte, depois de cerca de 10h de caminhada e um desnível de 700m.
Terceira perna do Circuito W: lago Grey
O último dia do Circuito W é o que tem menos subidas e descidas, mas é quando surge uma nova adversidade: o vento. Caminhando em direção ao Glaciar Grey, a diferença na temperatura do ar entre o campo de gelo continental e o continente faz com que uma forte corrente de vento gelado atinja os caminhantes de frente.
Com o vento no rosto andamos cerca de 3h30 até chegar ao mirante de onde temos uma vista privilegiada do Glaciar Grey e dos blocos de gelo que se desprendem dele e seguem flutuando pelo lago até derreterem completamente. Entre ida e volta são cerca de 20km de caminhada e, no fim, é hora de voltar pra casa, com muitas fotos e boas recordações pra não se esquecer jamais!
Dificuldade do Circuito W
Não é uma caminhada difícil ou técnica. Entretanto, o terreno irregular, o clima caprichoso e as longas trilhas recomendam que você tenha uma experiência prévia em caminhada, principalmente se escolher a forma de hospedagem em refúgios ou acampamentos. Essas formas de hospedagem têm suas características de organização e de equipamentos que necessitam de conhecimento prévio.
A Patagônia, comparada aos outros locais na América do Sul (Cordilheira dos Andes), apresenta baixa altitude, o que é muito bom para quem gosta de caminhar já que não exige período de aclimatação, nem há mal de altitude.
O ponto mais alto do W Trek é a base das Torres del Paine, com 850 m. As caminhadas são longas através dos vales e algumas chegam a ter 8 horas (ida e volta). Dessa forma, o equipamento certo fará muita diferença nessa caminhada, pois uma bota mal amaciada ou velha, ou uma capa de chuva sem impermeabilização, podem acabar com a sua caminhada.
Assim, certifique-se de que seu equipamento está com idade média de uso, pois o clima severo (calor e frio) pode surpreender e fazer você ficar no meio da trilha sem o solado da sua bota.
Dicas importantes para fazer o Circuito W
O que levar?
Há diversas formas de percorrer as trilhas e isso irá determinar o que você deve levar para o trekking.
Se optar pela forma mais tradicional carregando todos os equipamentos e a comida, você terá que incluir pelo menos um dia em Puerto Natales para adquirir e embalar os alimentos localmente, já que o Chile não permite que ingresse com alimentos do Brasil. Para isso, indicamos levar uma barraca tipo iglu, isolante térmico leve, saco de dormir (-10C), e mochila de 80 litros.
O peso médio indicado para levar na sua mochila é até 20% do seu peso corporal, no caso de travessia, e para um hiking, no máximo 10% do seu peso. Porém, na Patagônia, as subidas são íngremes, então uma mochila com 20% do seu peso corporal vai parecer mais pesada. Assim, leve apenas o essencial.
Para os viajantes que não querem carregar esse peso, mas querem uma opção mais selvagem, há a opção de contratar a hospedagem em acampamentos ou refúgios.
A diferença é que irá pagar um pouco mais caro, mas apenas terá que carregar os seus pertences pessoais durante a trilha, já que a barraca ou refúgio e comida farão parte do pacote, e após um longo dia de caminhada já vão estar prontas aguardando a sua chegada. Um conforto que vale muito a pena.
Para aqueles viajantes que não querem a opção de dormir em alojamento coletivo ou barraca, há a opção dos hotéis que podem ser com quartos em hospedagem 5 estrelas, ou até mesmo em domos.
Nesse caso, a acomodação terá aquecimento, cama, além de toda a alimentação inclusa. Essa é a opção mais cara e mais confortável, exceto pelos deslocamentos em veículos que sempre serão grandes, já que os hotéis ficam longe das trilhas.
Assim, anote a lista de equipamentos básicos para a Patagônia: roupas térmicas (primeira pele), calça de caminhada tipo suplex, meias coolmax (para evitar bolhas nos pés), botas de caminhada amaciadas, capa de chuva a prova de vento e de água, diversos agasalhos tipo fleece (polartec), luvas e gorro, sandália de borracha ou crocs para usar para tomar banho ou para descanso das botas de caminhada, um tênis extra, camisetas dry fit de manga longa.
Opcional: bastões de caminhada, baterias extras, livros, medicamentos de uso pessoal e de higiene, lanterna, toalha, filtro solar e protetor labial. Nos acampamentos há tomadas comuns para carregar os equipamentos eletrônicos, mas leve um adaptador, pois as tomadas no Chile são de 2 pinos redondos de 4mm cada, paralelos com 4 mm e 19 mm, tipo L. Mas, se seus aparelhos tiverem a tomada tipo C (antiga do Brasil), não há necessidade de adaptador. Voltagem: 220w.
Mochila de ataque de pelo menos 15 litros para os trekkings (nessa mochila você carregará: lanche, água, luva, gorro). E mochila de 50 a 80 litros para quem for fazer a travessia carregando seus pertences.
Leve sempre com você: lenços de papel para usar como papel higiênico e para coriza do nariz, provocada pela alteração de temperaturas.
Clima (temperaturas médias)
Clima transandino e seco. Prepare-se para poder ter até as quatro estações do ano em um único dia. Capas de chuva ou anoraques devem estar sempre com você, para proteger do vento, chuva ocasional ou geada. Nada que atrapalhe a viagem.
Melhor época
A melhor época para caminhar e avistar vida selvagem é a primavera/verão, de outubro a março. Os dias são bem longos. No verão, o sol nasce às 5h e se põe às 22h. Assim, você tem o dia inteiro para caminhar. Uma média de 17 horas de luz!
A baixa temporada é setembro, outubro e abril, onde os acampamentos e hotéis estão mais vazios. Porém, em setembro e outubro há nevascas, e em abril começa o período de chuvas e neve.
A alta temporada é de dezembro a fevereiro. Pessoas do mundo todo vem à Patagônia. Dezembro a março é a época mais quente com a média de 14C/dia e 5C/noite, mas os ventos podem chegar até 150 km/h (média de 95 km/h). Você tem que estar preparado para tudo. Sempre leve capa de chuva, luva e gorro.
O clima na Patagônia é sempre “instável”, pois é um lugar que venta muito e em um dia pode fazer quase todas as estações (sol, chuva, vento e neve).
Guia
É possível fazer a trilha autoguiada, mas um guia lhe dará muitos atalhos e lhe ajudará a descobrir encantos que você poderá perder por não conhecer a região, como fauna, flora, e história.
Além disso, a sua viagem ficará bem mais confortável e melhor aproveitada com um guia. Ele cuidará das suas reservas nos acampamentos ou refúgios, alimentação, hospedagem, horários e fornecerá ajuda durante a trilha.
LEMBRE-SE:
Para viajar para Argentina ou Chile, devido a acordos internacionais: BRASILEIROS - devem apresentar passaporte ou documento de identidade original (não são aceitas carteiras profissionais (OAB, CREA, etc.) ou fotocópias). ESTRANGEIROS - devem apresentar RNE original ou identidade e passaporte (e devem consultar o consulado do Chile ou da Argentina, sobre a necessidade de visto). MENORES - em companhia dos pais - necessitam apenas de identidade original ou Passaporte; - em companhia de apenas um dos pais ou outra pessoa ou desacompanhado, necessitam também, além dos documentos mencionados acima, de autorização escrita em próprio punho com firma reconhecida em cartório de notas escrita pelo pai ou mãe que não está viajando, autorizando expressamente o pai ou a mãe ou outra pessoa que está viajando em companhia do menor, ou uma autorização judicial. Outros casos especiais, favor consultar antes do embarque, o juizado de menores sobre a documentação necessária.
Agora que você já sabe bem o que vai encarar nas Torres del Paine falta se jogar! E para isso, conte com a Pisa Trekking. Especialistas em Patagônia há mais de 20 anos, nós oferecemos toda segurança e conforto que você precisar. Confira aqui nossos pacotes para Torres del Paine, tire todas as suas dúvidas com nossos atendentes e boa viagem!
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desejo informacoes
Olá José Luis! Iremos entrar com contato com você pelo e-mail que nos informou!
Ola, gostaria de saber a sequencia dos acampamentos para realizar a reserva, sera que você poderia me ajudar?
Olá Juliana! Nosso consultor Lucas irá entrar em contato com você para te passar essas informações!
Olá, gostaria de informações sobre os acampamentos e refúgios. Poderia me ajudar?
Claro, Mayara! Um de nossos consultores irá entrar em contato com você por e-mail! Um abraço, da Equipe Pisa Trekking
Olá, parabéns pelo relato ! Eu tbm gostaria de saber a sequência dos acampamentos para realizar as reservas, por favor, poderia me ajudar?
Olá Welder! Nosso consultor Lucas vai entrar em contato com você pra te passar mais informações! Um abraço, da Equipe Pisa Trekking!
Olá gostaria de informações
Olá, Paola!
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