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Dica de viagem: O que fazer em Cuzco?

Todo mundo que já pesquisou alguma coisa de Machu Picchu provavelmente já deve ter ouvido falar de Cuzco. Mas se engana quem acha que a cidade é apenas ponto de passagem para a cidade perdida inca. Dentre sítios arqueológicos, templos e antigos casarões, Cuzco guarda parte da aura dos primeiros fundadores. Por isso, o Blog Vida ao Ar Livre mostra o que fazer em Cuzco.

CATEDRAL DE CUZCO

A Catedral de Cuzco é uma das Igrejas mais bonitas de toda a América Latina. Construída em formato de cruz, a igreja guarda artefatos em ouro, altares repletos de detalhes e uma série de pinturas principalmente no estilo renascentista. Muitas dessas obras foram idealizadas pelos próprios incas, já em tempos de domínio espanhol.

Apesar da sua enorme beleza, é preciso lembrar que a Catedral de Cuzco tem uma história de violência. Por volta de 1560, o local onde hoje é a catedral, abrigava um dos principais locais da cultura inca: a casa do imperador. Com a chegada dos espanhóis, e como forma de apagar o “paganismo” dos povos ameríndios, a Igreja Católica construiu muitas igrejas, que podem ser vistas por toda parte no centro antigo da cidade.

Flickr: David Stanley

PRAÇA DE ARMAS

De frente para a Catedral, está o marco central de Cuzco. Desde que o turismo chegou, o entorno da Praça de Armas conta com uma infraestrutura de restaurantes e lojas, nos casarões espanhóis antigos e nas pequenas vielas ao redor da “plaza”. Na época em que Cuzco era a capital do império Inca, ali ficava o principal pólo administrativo e religioso de todo império.

Além do jardim super bem cuidado, a Praça ainda tem postes de luz amarelada e uma fonte com a estátua de um dos heróis incas, o imperador Pachacútec. Um charme à parte que você só vai entender quando estiver descansando em um dos banquinhos da praça.

QORICANCHA

Qoricancha era o principal complexo de templos de Cuzco, incluindo o grande Templo do Sol, o templo da Lua e de Vênus. Em 1534, os católicos demoliram grande parte do complexo para erguer o Convento e a Igreja de Santo Domingo. Como em muitas outras edificações, os europeus utilizaram o próprio alicerce de pedras inca para aproveitar a resistência do material.

Mais de 400 anos depois, em 1950 um grande terremoto derrubou parte da construção colonial. O abalo expôs algumas das antigas ruínas incas, que resistiram ao tremor, e já estavam esquecidas pelo tempo.

Hoje, as construções espanholas e incas dividem espaço, e é nessa combinação de culturas e épocas que Qoricancha ganha sua grandiosidade.

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

Quando falamos de ruínas, não tem como não lembrar dos sítios arqueológicos que existem ao redor de Cuzco. São vários deles espalhados nas proximidades.

Kenko, Pukapukara e Tambomachay são três sítios arqueológicos que ficam fora da cidade, sendo que o último é o mais distante deles, e está a 9km do centro histórico da cidade.

Dentre os sítios arqueológicos da região, o mais famoso e de longe o maior deles está a apenas 2km da Praça de Armas. Sacsayhuamán era uma grande fortaleza construída, ao longo de 50 anos, e servia tanto para evitar a invasão de tribos inimigas quanto para cerimônias. O que eles não esperavam era por uma invasão europeia.

Hoje em dia, o que sobrou das pedras originais foi cerca de 20% do que existia na época. Isso porque a maioria foi retirada para construir as casas e Igrejas católicas. Ainda assim, o visual impressiona: alguns dos muros que sobraram chegam a ter 6m, o que equivale a altura de três pessoas uma em cima da outra! E as pedras, que pesam até 350 toneladas, se encaixam num Tetris perfeito.

A 300m acima de Cuzco, Sacsayhuamán ainda te proporciona uma vista panorâmica da cidade de tirar o fôlego. E todo ano, no solstício de inverno, em junho, é realizado o festival Inti Raymi. Oportunidade única para assistir os peruanos fazendo festa em homenagem ao deus do Sol.

Se tudo isso não te convenceu que vale a pena passar um tempinho a mais em Cuzco, a dica que damos é: vá até Cuzco e conheça com seus próprios olhos. Provavelmente você vai descobrir muitas outras coisas que não fomos capazes de listar aqui, como o cultural bairro de San Blas, o mercado municipal e as baladas multiculturais. Tudo o que você viu neste texto pode ser aproveitado no roteiro Machu Picchu Cultural, que você pode conferir aqui. Aproveite, confira aqui os demais roteiros na região e tire todas as suas dúvidas com nossos atendentes. Há mais de 30 anos guiando viagens para o Peru, a Pisa Trekking é escolha certa para segurança e boas lembranças!

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