Dica de Viagem: Cidades Imperiais do Marrocos

Apesar de Casablanca ser a cidade mais famosa do Marrocos, nos tempos das dinastias reinantes, a capital passou por quatro cidades. Hoje, são conhecidas como cidades imperiais: Fez, Marrakech, Rabat e Meknès. Nesse período, todas elas floresceram e construíram grandes monumentos que ainda podemos ver nos dias de hoje. Se você também olha toda essa história e imponência com admiração, o Blog Vida ao Ar Livre mostra tudo que você pode explorar nas cidades imperiais do Marrocos.

Cidades imperiais do Marrocos: FEZ

A mais antiga cidade imperial foi a primeira capital política, religiosa, cultural e artística do país. É daqui a universidade mais antiga do mundo (al Quaraouiyine) e também a maior Medina do mundo árabe que ainda tem moradores e funciona normalmente. Isso significa que você poderá explorar o labirinto amuralhado de cores e pessoas e respirar ares muito próximos dos que tínhamos há alguns séculos.

Isso, é claro, sem se preocupar com os conflitos que uma vez castigaram estas construções. Mas com essa noção histórica em mente, dá pra aproveitar com mais admiração os mercados a céu aberto, as fornalhas de pão coletiva, os inúmeros gatinhos que por lá vivem e a confusão de vendedores de tâmaras e tapetes árabes. E ah, antes de sair (ou entrar) não deixe de tirar uma foto na Porta Azul todo ornamentada com desenhos da Arábia.

De cá, você pode passar na frente do Palácio Real e contemplar a fachada de bronze que mede pelo menos cinco pessoas empilhadas uma em cima da outra. Mas para não ficar na vontade de não poder entrar no edifício, vá direto para o Curtume Chouwara e reviva uma das locações mais famosas da novela “O Clone”. Aqui é onde os marroquinos amaciam couro de animais com fezes de pombo. Então não espere o mesmo glamour da Globo. Mas fora o cheiro (que uma folhinha de hortelã distribuída até dá conta), é uma tradição antiga e única, que deve ser conhecida.

fez marrocos

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Cidades imperiais do Marrocos: MARRAKECH

Além da importância histórica, as cidades imperiais também são conhecidas por suas cores marcantes. Em Fez, o amarelo aparece em construções lá e cá. Em Meknès, o verde. Mas as duas cidades onde essa lógica faz mais sentido são Rabat (branco) e Marrakech (vermelho). Fundada alguns séculos depois de Fez, Marrakech foi toda construída em tons de ocre, dos edifícios antigos a área nova, como por exemplo um mercado Carrefour que abriu mão do azul da logo para se misturar à cor da cidade.

Muito parecida com Fez, Marrakech também tem uma grande Medina, construída para proteger os palácios, jardins e mesquitas dos invasores, e uma área externa que segue bem à risca a arquitetura parisiense da época de dominação francesa mais recente. Desses contrastes, alguns pontos indispensáveis são a Mesquita Koutoubia, com seu grande minarete de 70m, o Jardim de Menara de natureza exótica e estilo Art Deco e especialmente a Praça Jemaa El Fna, com as dezenas de barracas de comida e apresentações de dança típica e encantadores de cobra.

Vale apenas dizer que por Marrakech e Fez serem as duas mais populosas das cidades imperiais, elas acabam sendo também as mais caóticas de comerciantes. Além disso, como elas também são as mais visitadas por turistas, muitos moradores se aproveitam da geografia labiríntica das ruas para cobrar uma gorjeta por qualquer indicação que derem. Para evitar uma experiência desagradável e não acabar se perdendo sem o sinal de GPS, é importantíssimo contratar um guia.

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Cidades imperiais do Marrocos: RABAT

Com quase metade dos habitantes de Marrakech, Rabat passa longe da correria e barulho dos vendedores alucinados. O que é bom porque dá para contemplar o branco da cidade com a paz que a cor inspira. Falando nela, tanto o Mausoléu de Mohamed V, quanto as ruas do Kasbah de Oudayas chamam a atenção pela escolha.

Além dos mármores italianos e do interior revestido de mosaico, o mausoléu ainda traz soldados montados em cavalos para guardar os restos mortais do pai da independência de Marrocos, Mohamed V, e seus dois filhos. Já na Kasbah, uma fortificação de tijolos de adobe com muros de mais de 2m de altura, você descobre a vida das marroquinos comuns como elas realmente são e, de quebra, tem uma linda vista para o mar.

Outro ponto de frente ao mausoléu é a Torre Hassan, originalmente o minarete da maior mesquita do mundo na época, mas que ficou inacabada com a morte do então califa. Entre as duas construções, temos um pátio com mais de 200 colunas, que nos dão indícios da grandiosidade projetada. Diante de tanta tradição, dependendo da época do ano, dá para pegar até um dos festivais de música que acontece em Rabat: as opções vão do jazz a música andaluza.

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Conheça aqui o roteiro que passa em Rabat.

Cidades imperiais do Marrocos: MEKNÈS

A menor das cidades imperiais é outra onde o turismo é menos intenso. Ainda assim, há quem diga que ela seja a mais bonita das quatro, considerada até a Versailles de Marrocos. Para isso, o sultão Moulay Ismael saqueou palácios e ruínas buscando material suficiente para fazer de sua cidade a capital marroquina. Conseguiu enquanto esteve vivo, mas foi o bastante para que os franceses se impressionassem e dessem o título de hoje.

Só para ter uma ideia, apesar da Medina de Fez ser a mais famosa, a de Meknès é a mais extensa, com 20km a mais de muralha, e com ruínas que guardam abóbadas, portas e canais de água secretos, dignos de qualquer filme de suspense. Outra prova dessa beleza é o Palácio Real de Meknès, criado por ele em sua própria homenagem, é claro. Basta observar o imponente portão de Bab Mansour, com suas colunas romanas e placas repletas de poemas, que temos um relance da beleza das mesquitas, minaretes e jardins do resto da cidade. E com um atrativo extra, já que o Mausoléu de Moulay Ismael passou por uma minuciosa restauração para o começo de 2019.

E quem passa por aqui já pode aproveitar para conhecer Volubilis, ou melhor, as ruínas da antiga cidade romana. Hoje, o sítio arqueológico ainda guarda colunas e restos de o que uma vez foi uma basílica, um templo e um arco do triunfo. Tudo isso para provar como o norte da África respira a história de múltiplas culturas que se sobrepuseram com os anos.

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Confira aqui o roteiro que passa por Meknès.

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E já que você vai até o Marrocos, vale a pena estender um pouquinho mais a viagem e conhecer outras cidades, como Casablanca, Chefchaouen, Tânger ou Beni Mellal, explorar o deserto do Saara, ou mesmo se aventurar num trekking na Cordilheira do Atlas. Se estiver empolgado mesmo, você pode conjugar a viagem com o Egito, e conhecer o que há de melhor no norte da África.

Para conhecer todas as cidades imperiais do Marrocos da forma mais segura e confortável, conte com os serviços da Pisa Trekking. Especialistas em viagens de turismo cultural, nós oferecemos quase dez roteiros diferentes para o Marrocos. Confira todos eles aqui e tire todas as suas dúvidas com nossos atendentes.

 

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