As ruínas de Chavin de Huantar, de acordo com os arqueologistas, pertencem à época chamada "horizonte", cujas características são as imagens de rostos felinos (puma) com corpos humanos, que se encontram esculpidos em pedras, ossos, metais cerâmicas e tecidos. Localizada no vale do Rio Marañón, norte andino do Peru, abrangendo uma área de 100 acres, estima-se que as construções datam de 2000 anos antes dos Incas.
Acredita-se que o desenvolvimento de Chavin de Huantar, na Cordilheira Blanca, deve-se ao fato dele estar na rota da rodovia da crista da montanha, que ligava o norte dos Andes aos territórios do sul, e entre a costa e as regiões do oeste.
A construção mais impressionante é Castillo: suposto templo subterrâneo onde habitavam deuses de aspecto aterrador, com serpentes, pumas, condores em corpos humanos. No centro do Castillo encontra-se a escultura de 15 pés de altura de granito branco, chamada Lanzón (lança), que se assemelha à uma cabeça de monstro: cara de felino e cabelos de serpente.
O mistério de Lanzón permanece, alguns afirmam que ele teve sua origem na lenda de Manco Capac (mítico “pai” da civilização Inca), que criou em Chavin o primeiro templo do sol, antes da cidade sagrada de Cuzco ser fundada. Acredita-se que Chavin teria sido a primeira capital do Império Inca, o “primeiro umbigo do mundo”, como ficou depois conhecida Cuzco.
É evidente que o povo de Chavin tinha tendências religiosas, já que a maioria dos artefatos encontrados estão relacionados a cerimônias religiosas. Sua cultura também é conhecida pela beleza na arte de seus desenhos, na qual se verifica também a influência da arte Olmec (que pode ser observada no desenho superior de Tumi), civilização que se acredita ter vivido na mesma época em La Venta em Tenochtitlan, na área Maia. Apesar de muitos historiadores acreditarem que essas culturas nunca tiveram contato, suas coincidências são espantosas.
Acredita-se que a exemplo de outros monumentos, Chavin era mais do que uma capital espiritual, mas também a capital política, religiosa e comercial. Em uma análise simplista poderia atribuir a sua construção para a idolatria de Lanzón, mas, sabendo que essa civilização possuía sofisticados conhecimentos de astronomia e a posição de Lanzón no meio de 4 galerias o qualificava como um templo do sol, chega-se a conclusão de que esse suposto monstro era o marco zero de 4 rodovias principais, 4 direções geográficas, 4 pontos cardeais e, de acordo com a tradição pré-colombiana, a ponta dos 4 cabos que seguravam os 4 cantos do mundo.
Chavin de Huantar revela o segredo de que aquela antiga civilização acreditava que o mundo havia sido feito para dar estrutura para o homem e não às divindades. Como as mais modernas pesquisas, que demonstram que as pirâmides de Gizé, no Egito, representavam a constelação de Orion, as ruínas de Angkor, no Camboja, a constelação de Draco, e a grande esfinge com cara de leão, no Egito, a constelação de Leão; as ruínas do Vale Sagrado no Peru representam a Via Láctea, e as grandes construções da humanidade, como Ilha de Páscoa, Tenochtitlán, Linhas de Nazca, entre outras são, na verdade, muito mais do que construções megalíticas, são mapas estelares. Todas, chamadas de umbigos do mundo, estão alinhadas, apresentam medidas e construções iguais, e representam constelações em um alinhamento exato numa data em comum: 23/09/10500 A.C. Claro que é surpreendente, já que sempre estimou-se que essas civilizações datariam de 2.000 A.C., como então poderiam ter esse conhecimento das estrelas nessa data tão remota?
Ainda há mapas encontrados em mosteiros no Tibet que revelam que existiu um oceano amazônico e dessa forma haveria uma rota navegável entre Egito, passando por Atlântida, cruzando a Amazônia, passando por Tiahuanaco, seguindo para o continente de Mu. Atlântida e Mu, seriam continentes que teriam, há 10.000 A.C., sido submersos pelo mar devido a mudança de eixo da Terra de 1 grau, que provocou o descongelamento da calota polar e fez o nível do mar subir 100 metros.
O mistério de porque, como, para quê e por quem foram feitas vai permanecer. Mas isso prova que o homem é muito mais antigo do que se pensa, muito mais inteligente do que se supunha, e muito mais interessante do que se imaginava.
Deuses à parte, Chavin de Huantar na Cordilheira Blanca é uma obra que merece ser conhecida...
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