Em 32 anos de existência, vimos muita coisa mudar no turismo de aventura e no ecoturismo. Os avanços da tecnologia, por um lado, certamente otimizaram a logística das viagens e proporcionaram maior conforto aos nossos clientes. Por outro lado, porém, essa mesma tecnologia passou a sabotar muitos momentos de conexão com a natureza, chegando até a nos colocar em situações de perigo. Por isso, hoje, o Blog Vida ao Ar Livre vem com uma mensagem simples: desconecte-se.
O mundo por trás das lentes
Você já parou para ouvir o canto dos pássaros, quando estava em uma floresta ou em um parque, e notou que quanto mais prestava atenção, mais sons apareciam? Ou, ao observar o solo despreocupadamente, notou que, de repente, parecia que ele estava se mexendo, tanto era a vida ali presente? A natureza funciona assim: através dos pequenos e infinitos detalhes.
O problema é que, com a nossa vista cansada de tanto olhar para telas luminosas e a audição acostumada com os murmúrios das multidões, nós ainda precisamos de muita concentração para percebê-los. Sorte nossa que a natureza é um ambiente regenerador para os nossos sentidos! Que tal aproveitá-la um pouco?
Viajar para a natureza é a melhor desculpa para ficar offline por alguns dias. Então, ao invés de conversar com os seus amigos pelas redes sociais, que tal se relacionar com as outras pessoas que estão viajando com você? E se essa paisagem é realmente tão bonita, você não acha que ela merece, sobretudo, um bom período de contemplação, e não um lugar na sua galeria de fotos? Parece clichê, mas é a mais pura verdade: as melhores lembranças são aquelas que guardamos em nossa memória e em nosso coração.
Não podemos negar: as novas tecnologias trazem muitas vantagens para as nossas viagens. Com os celulares, é possível pedir ajuda imediata em caso de emergência, nos localizarmos no mapa quando estivermos perdidos e encontrar um hotel quando um imprevisto na estrada nos forçar a dormir em uma cidade desconhecida. E, tá bom, talvez uma fotinho não seja lá de todo ruim. Mas como tudo isso é novo, ainda é preciso aprender quais são os seus limites.
Cuidado com as sessões de fotos
Agora, se tudo isso ainda parece um mero capricho para você, saiba que as coisas podem se tornar bastante palpáveis. Em viagens de turismo, não é incomum presenciar acidentes derivados de sessões de fotos mal planejadas e perigosas. Às vezes, uma pessoa pode se aproximar de um declive tentando enquadrar uma selfie e cair ladeira abaixo. Ou, então, ela pode tentar tirar uma foto pulando, cair de mal jeito e quebrar o tornozelo.
Pelo menos, é isso que relata Luisa, cliente da Pisa que se acidentou no Pico do Lopo ao fazer exatamente isso. Como conta ela: “A viagem em si foi ótima, mas eu acabei estragando um pouco o passeio e por um descuido meu, acabei quebrando o tornozelo esquerdo e luxando o tornozelo direito no pico da montanha. Ou seja, a volta foi bem diferente do planejado.”
Embora o número de ferimentos decorrentes dessas sessões de fotos seja difícil de ser estimado, o número de mortes é contabilizado e conhecido. Em 2018, um estudo do National Center for Biotechnology Information revelou que, entre 2011 e 2017, 259 pessoas morreram em busca da selfie perfeita. Só em 2017, foram 93.
Nós sabemos que é difícil renunciar aos celulares de uma hora para a outra, e é claro que os guias da Pisa estão sempre preparados para atender aos clientes no caso de algum acidente. Mas, na próxima vez que você se deparar com um pôr-do-sol magnífico, pondere: será que eu não posso registrar esse momento sem o auxílio de uma câmera?
Para todo o apoio e segurança nas suas jornadas, conte com os serviços da Pisa Trekking. Especialistas em ecoturismo, nós oferecemos diversas opções de roteiros para o mundo inteiro. Escolha o melhor para você aqui, tire eventuais dúvidas com nossos atendentes e boas viagens!
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