O que esperar dos próximos 30 anos?

Neste mês de julho, a Pisa Trekking completou 34 anos de existência. Foram muitos aprendizados, desafios, e novidades durante esse período, em especial no último ano, com a pandemia da Covid-19, que obrigou o setor de turismo a se reinventar. Mas nos próximos 30 anos, com certeza o mundo irá mudar ainda mais, e a Pisa pretende estar à frente dessas mudanças. Hoje, o Blog Vida ao Ar Livre reflete sobre o que já passou, e o que ainda está por vir na história da Pisa Trekking.

Programa de índio

Quando a Pisa nasceu em 1987, o termo “ecoturismo” era praticamente desconhecido no Brasil. Os parques nacionais não tinham a infraestrutura adequada para receber visitantes que planejavam fazer trekking e acampar, o conhecimento sobre as trilhas era escasso, e os equipamentos eram mais precários ainda. Bons equipamentos de montanha só eram encontrados no exterior, mas a importação era cara e difícil.

Na década de 1980, dentro da filosofia ambientalista, o turismo como atividade econômica também era bastante criticado, tendo em vista que ele era geralmente associado a grandes edificações, como hotéis à beira mar, que provocavam consequências negativas ao meio ambiente. A ideia de um turismo alternativo e sustentável ainda não era amplamente divulgada.

Porém, Maurício Lino, professor de Geografia, já vivia suas próprias aventuras nos parques nacionais brasileiros, e o próximo passo era organizar excursões para levar os seus alunos junto. Itatiaia, Monte Verde e Chapada dos Guimarães eram alguns dos destinos visitados, e que faziam cada vez mais sucesso com os alunos, apesar de acontecerem vários imprevistos e “roubadas” que inspiraram o apelido dado às pessoas que participavam dessas viagens: “tigrões”. 

De fato, não era à toa que o nome do grupo com quem ele viajava frequentemente era P.I.S.A (“programa de índio sociedade alternativa”). Mas, ao longo dos próximos anos, as coisas foram mudando. Em 1992, ocorreu o primeiro Congresso Mundial de Ecoturismo, em que essa atividade ganhou reconhecimento e uma definição oficial: “turismo dedicado à apreciação da natureza em forma ativa, com o objetivo de conhecer e interpretar os valores naturais e culturais existentes.”

Os parques foram ganhando uma infraestrutura melhor, e o acesso a equipamentos também foi facilitado. A Pisa se profissionalizou, a equipe expandiu, e mais destinos começaram a ser oferecidos, tanto dentro do Brasil quanto fora. Houveram diversos avanços tecnológicos que otimizaram a logística das viagens e que, ao mesmo tempo, intensificaram a necessidade de se “desconectar” para poder aproveitar a natureza.

O ano de 2020 foi, sem dúvidas, um dos mais conturbados por conta da pandemia causada pela Covid-19. Mas, apesar de todas as restrições que prejudicaram as operações da empresa, também surgiram alguns pontos positivos: o ecoturismo foi visto como a alternativa perfeita para as pessoas que queriam viajar mas não podiam se aglomerar, e as viagens nacionais, que a Pisa sempre ofereceu, foram mais valorizadas do que nunca. 

Como serão os próximos 30 anos?

O ano de 2020 também nos ensinou que o futuro é imprevisível. Ainda assim, nós não podemos ignorar as tendências que se destacam e parecem nos mostrar um caminho a seguir.

A preocupação com a natureza e a sustentabilidade são hoje fundamentais. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que, entre outras coisas, incentivam a energia limpa e acessível, a ação contra a mudança global do clima, e a proteção e conservação dos ecossistemas terrestres e aquáticos, pretendem ser alcançados até 2030, contando com o apoio de 193 países.

Cada vez mais, empresas que não apresentam um modelo de negócios sustentável estão sofrendo repressões e boicotes, principalmente através do uso das redes sociais. Assim, no setor de turismo e hotelaria, espera-se que haja uma valorização dos hotéis que se integram de maneira harmoniosa à natureza, e que auxiliam as comunidades locais das regiões que estão inseridos. 

Também se espera que a adesão aos princípios de Leave No Trace (ou “Não Deixe Rastros”), que buscam promover passeios que geram mínimo impacto à natureza, se torne mais comum e intuitiva, e que mais pessoas tenham curiosidade sobre essa filosofia e busquem conhecê-la.

A tecnologia também continuará a avançar, e isso trará mais conforto e segurança para viagens, especialmente internacionais. O acesso imediato a informações provou ser uma ferramenta essencial para o turismo durante a pandemia, tendo em vista que os protocolos de segurança e saúde podiam mudar em um piscar de olhos. Assim, com a chegada do 5G, a tendência é que a Internet apresente uma cobertura mais ampla, seja mais rápida e tenha uma conexão mais estável, promovendo passeios mais bem-informados e reduzindo o impacto de imprevistos.

No âmbito do turismo cultural, a tecnologia também poderá promover experiências mais marcantes e interessantes. Na Inglaterra, nas Termas Romanas de Bath, já foram realizados testes utilizando 5G que permitiam que visitantes pudessem apontar seus celulares para qualquer parte do museu, e visualizar como aquele lugar era em diferentes momentos da história, simulando uma espécie de “janela para o passado”.

Os próximos 30 anos ainda guardam muitas surpresas, mas a Pisa Trekking quer estar ao seu lado, inovando e descobrindo os melhores caminhos a seguir. Você que já viajou com a Pisa Trekking, obrigado por construir esta história conosco. Você que ainda não viajou, venha fazer parte da nossa família. Conheça aqui nossos roteiros, tire suas dúvidas com nossos atendentes e seja bem-vindo!

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Um Comentário em: “O que esperar dos próximos 30 anos?

  1. Fui colega do Maurício Lino no Colégio São Judas Tadeu e participei de algumas expedições no PISA, entre 1990 e 1992. Gostaria de saber como o Maurício nos deixou. Foi um choque para mim. Ricardo Del Sant.

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