Por Gui Gomes, originalmente publicado em 10 de novembro.
Até o dia 12 de Novembro, aconteceu a 26a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26). Este é um encontro que reúne os países signatários do Acordo de Paris (que substitui o Protocolo de Kioto a partir de 2020), que representam compromissos globais para a contenção das mudanças climáticas. O principal componente deste acordo são os esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5ºC até 2030.
Como você deve imaginar, o Brasil - e, em especial, a Amazônia - tem importância central neste debate. Em entrevista à BBC News Brasil, o pesquisador de políticas públicas da Rain Forest Foundation (ONG ambiental da Noruega) Carlos Rittl afirma que: "O Brasil é um dos maiores emissores históricos de gás do efeito estufa, quando se leva em consideração todo o desmatamento ocorrido em todas as regiões desde a revolução industrial. Ele tem um papel importante na redução de emissões, apesar de ainda ser um país em desenvolvimento com desafios para redução de pobreza".
Além do impacto climático por ser um grande emissor de carbono, o Brasil, por causa da Amazônia, tem uma importância crucial para o sucesso ou fracasso da meta do Acordo de Paris pois a floresta ajuda a equilibrar o clima do planeta, ao capturar e estocar quantidades enormes de dióxido de carbono (CO₂), um dos principais gases do efeito estufa.
Assim, é fundamental estimular economias limpas nesta que é uma das principais estrelas de eventos como a COP-26. E é aqui que nós, da Uakari Lodge, acreditamos que o turismo é uma atividade econômica sustentável que pode se tornar uma alternativa à extração e uso extensivo dos recursos naturais da Amazônia.
A visita de um viajante à Reserva Mamirauá (nossa casa!), por exemplo, representa mais do que a realização de um sonho para o turista: é com sua visita que colaboramos com a manutenção dos povos da floresta, estimulamos o uso de um dos principais e mais limpos recursos naturais (a paisagem!) e nos tornamos uma alternativa à extração extensiva da fauna e flora locais. Não é à toa que recebemos anualmente uma série de reconhecimentos e prêmios por todo o país e o mundo, que você pode conferir aqui.
Se você ainda não pode ou pretende nos visitar, ainda há diversas formas de colaborar para uma Amazônia mais limpa. Uma delas é fazendo doações, de qualquer tamanho, para instituições como o Instituto Mamirauá (nosso co-fundador), que desenvolve juntamente com as populações ribeirinhas uma série de tecnologias sociais que promovem a sustentabilidade deste bioma. Para saber mais sobre o Instituto Mamirauá e como doar, acesse este link. 🙂
E por fim, busque acompanhar as discussões e novos acordos da COP-26. Esta é uma forma fundamental que todos nós podemos tomar responsabilidade para compreendermos o futuro que nos espera e as expectativas de alcançar, de fato, as metas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa e do aquecimento global.
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