Muita gente me pergunta: como foi viajar na pandemia?
Foi mágico, com gosto de quero mais.
A pandemia ainda não passou, mas já podemos viajar para outras cidades e até outros países.
Eu tive a oportunidade de acompanhar três grupos no Brasil e no exterior (Chapada das Mesas, Egito e Deserto de Atacama), e vou lhes contar um pouco sobre essas experiências.
Adianto que a palavra de ordem é: paciência e segurança.
E nunca esquecer que estamos viajando na pandemia e que tudo está diferente, para nós e para todos.
Conteúdo
Antes da Viagem - Preparação
Máscaras (qual usar)
Para os aviões, a exigência é o uso de máscara cirúrgica ou N95.
Eu super indico a máscara N95, pois além de ser mais eficiente, é reaproveitável. É mais cara, porém, possui o melhor custo benefício, além de poder ser usada por até 12 horas, dependendo do local onde você estiver exposto. Para as cirúrgicas, o tempo de uso é de 2 a 4 horas, e elas são descartáveis.
No começo é meio sufocante, mas com o uso a sensação passa.
Vacinas, Exames, Documentos e Seguros
Em viagens internacionais, há a exigência para a maioria dos países visitados da realização do exame RT-PCR até 72 horas antes do embarque, comprovação de pelo menos 2 doses da vacina contra a Covid-19, e seguro viagem com cláusula de cobertura Covid de até US$ 30.000.
Além disso, alguns países ainda pedem atestados de saúde, que são preenchidos online.
O Chile, por exemplo, exige na chegada ao país a realização de mais um exame PCR e isolamento no hotel do destino visitado até que o resultado negativo seja divulgado (pode demorar 24 horas). Além disso, também exige a realização de um Passe de Mobilidade para a validação das vacinas tomadas no estrangeiro, Passe Sanitário, e que seja baixado no celular do passageiro um programa onde ele diariamente preencha uma declaração de saúde online.
A Argentina exige um exame PCR após a entrada no país entre o terceiro e o quinto dia útil.
Já o Egito exige a realização de um exame PCR na chegada ao Cairo.
Os exames PCR, exceto o do Chile, devem ser pagos pelo próprio viajante e têm custos que variam entre US$ 45 e US$ 65.
E o governo brasileiro exige no retorno ao Brasil o exame PCR (72 horas antes do embarque) ou de antígeno (24 horas antes do embarque), mais o preenchimento do formulário da Anvisa.
Por isso, recomendamos que adquiram localmente um chip para o seu telefone celular, pois vai facilitar muito o preenchimento de todos os formulários online exigidos.
Ou seja, viajar ficou mais burocrático, necessitamos ser mais organizados, e com certeza ficou mais caro, mas nada que atrapalhe a beleza da viagem. E lembrando que tudo pode mudar. Assim, antes de viajar, deve-se checar bem os requisitos.
Durante a Viagem
Vencida a parte burocrática, a viagem em avião é bem segura e apenas tiramos as máscaras para nos alimentar.
O mesmo acontece nos restaurantes e passeios onde as pessoas usam máscaras o tempo todo.
Tiramos as máscaras apenas para tirar fotos.
O distanciamento social já é outra conversa: há momentos em que as pessoas se esquecem, portanto, você sempre terá que lembrar e cobrar. Mas, em geral, é bem respeitado.
Uso de álcool
É permitido levar álcool 70% gel ou etílico na cabine do avião em pequenas embalagens do fabricante de até 100ml cada, sendo 1 litro o limite de líquidos permitido na cabine.
Mas você não vai precisar de tudo isso. E mesmo se for o “doido do álcool”, vai gastar no máximo 100ml.
Na mala, pode-se despachar até 2 litros por pessoa em embalagens de até 500 ml cada, lacradas pelo fabricante. Se forem bem embaladas com filme plástico e colocadas em sacos de plástico não vazam.
Dica: você não vai precisar levar muito álcool, pois ele estará disponível em todos os lugares visitados. Leve na cabine 100ml a 200 ml e mais na mala, cerca de 500ml. Isso será suficiente para a sua viagem toda.
Passeios e atrações
Por causa da pandemia, os países estão adotando regras de biossegurança.
Isso acontece também com os prestadores de serviços, como comunidades tradicionais indígenas, restaurantes e outros.
Dessa forma, alguns serviços poderão não estar funcionando, ou abrindo e fechando sem que a sua agência de viagens - ou até mesmo você - seja notificada.
A parte interessante é que há menos pessoas nos destinos visitados e isso lhes permitirá aproveitar o local de uma forma única.
Atualmente, com paciência, segurança, álcool, máscara, distanciamento social e boa vontade, as viagens estão acontecendo e viajar para mim ainda é uma das experiências mais incríveis da vida.
Nas viagens, vivenciamos experiências únicas que nos acrescentam e nos fazem crescer como pessoas e seres humanos.
As pessoas que conhecemos, as amizades que fazemos, os lugares que visitamos, as experiências que compartilhamos, tudo ainda está aí. Nada mudou, apesar das máscaras, álcool, etc.
Ainda podemos experimentar nossos sonhos de viagem, e a grande lição do momento é que “viver não é esperar a tempestade passar, é aprender a dançar na chuva”.
Vale a pena.
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