A cordilheira das Dolomitas é um paraíso rochoso que não pode ficar de fora da sua lista de próximos trekkings. Localizada nos Alpes italianos, a apenas duas horas de Veneza, a região oferece oportunidades para escalar picos de mais de 3 mil metros de altitude, se hospedar em refúgios aconchegantes, e ainda experimentar a deliciosa gastronomia italiana.
A seguir, o Blog Vida ao Ar Livre apresenta 5 motivos para fazer trekking nas Dolomitas.
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Paisagens de tirar o fôlego
De paredões rochosos imponentes a lagos extensos de coloração verde-esmeralda, não há uma paisagem sequer cuja beleza passe despercebida nas Dolomitas. Isso se torna ainda mais verdadeiro durante os meses de primavera e verão, quando as trilhas estão abertas, e as planícies geladas dão lugar a campos floridos habitados por uma fauna diversa.
Dentre as paisagens que mais impressionam os turistas que visitam a região está a montanha de Tre Cime di Lavaredo. Caracterizada pelos seus três cumes, que medem mais de 500 metros cada, essa é uma das formações rochosas mais fotografadas do mundo. O trio possui pontas afiadas e cantos suaves, parecendo lanças que despontam da terra.
Outra paisagem de destaque é o Lago di Braies, localizado em meio a montanhas deslumbrantes. O lago possui águas cristalinas que se estendem por mais de 1 km, e chegam a 36 metros de profundidade. A região faz sucesso nas redes sociais, e já foi set de filmagem da série italiana “Un passo dal cielo”.
Também é possível encontrar paisagens dramáticas como o Forcella del Lago, um desfiladeiro estreito e íngreme que dá vista para o Lago di Lagazuoi, cujas águas verdes são rodeadas por pinheiros. O desfiladeiro está encravado entre duas grandes paredes rochosas, onde é possível sentar e apreciar a altitude elevada.
Perspectiva histórica
As Dolomitas serviram como palco para uma série de batalhas travadas entre italianos e austríacos na Primeira Guerra Mundial, no que ficou conhecida como a “Guerra Branca”, por conta da característica esbranquiçada das rochas que adornam a região. Hoje, é possível encontrar diversos vestígios desse passado brutal.
Um desses “museus a céu aberto” está situado em Tre Cime di Lavaredo, onde estão reunidos postos de observação, trincheiras, bunkers e barracas antigas que foram utilizadas nos conflitos. O mesmo ocorre nas regiões de Cinque Torri e Lagazuoi, onde é possível fazer passeios pelas ruínas da guerra.
O conflito ocorrido nas Dolomitas durou de 1915 a 1917, e se destacou pelos métodos inovadores que ambos os lados tiveram que adotar para se adaptar ao terreno íngreme. Alguns exemplos foram os túneis escavados para se proteger das nevascas e avalanches, e os teleféricos construídos para o transporte de armamentos e mantimentos.
Refúgios
Após um dia inteiro de caminhadas, nada melhor do que descansar em uma hospedagem aconchegante. Os refúgios das Dolomitas estão localizados em cantinhos remotos da cordilheira, oferecendo visuais exclusivos e deslumbrantes. A maioria deles é acessível apenas a pé, garantindo que os hóspedes também sejam trekkers como você.
Os refúgios apresentam estilos diferentes. Alguns são mais parecidos com albergues, enquanto outros oferecem quartos privativos e suítes. De maneira geral, porém, é garantido que neles você irá encontrar chuveiros aquecidos, refeições deliciosas, camas confortáveis e até vinho para degustar enquanto observa o pôr do sol.
O Refúgio Lagazuoi, por exemplo, é mais sofisticado, disponibilizando tanto dormitórios quanto quartos privativos. As instalações do refúgio contam com uma sauna finlandesa exclusiva, bem como um restaurante que serve pratos locais e pode acomodar mais de cem pessoas.
Já o Refúgio Tissi é mais simples, contando apenas com quartos compartilhados, banheiros e um restaurante com poucas mesas. Por outro lado, ele está localizado no topo de uma montanha, a 2.200 metros de altitude, proporcionando uma vista panorâmica bastante privilegiada.
Gastronomia
E falando em restaurantes, a gastronomia é, sem dúvidas, um dos pontos fortes das Dolomitas. De maneira geral, os pratos são simples, e remetem às receitas típicas do tempo dos nossos avós. Hoje, porém, eles são revisitados e reapreciados por chefs em restaurantes nos refúgios.
Um dos principais pratos tradicionais da região é o casunziei, um ravióli em formato de meia-lua recheado com abóbora, espinafre e nabo vermelho. Nos menus, também é comum encontrar nhoque de batata ou abóbora, polenta, e sopa de cevada. Já no que se refere a sobremesas, o destaque é para o strudel de maçã, uma típica influência austríaca.
As bebidas alcóolicas também fazem sucesso na região, especialmente por conta do frio intenso. Por isso, os moradores têm o hábito de preparar licores em casa, seja à base de flores, ervas ou frutos, como as grappas aromatizadas. Os vinhos também são indispensáveis, sendo produzidos a partir de uvas nativas da região.
Cortina d’Ampezzo
É por Cortina d’Ampezzo que toda aventura nas Dolomitas se inicia, e esse pequeno vilarejo faz muito bem o trabalho de elevar as expectativas para o resto da viagem. Ele é cercado por picos deslumbrantes, e possui diversos museus, igrejas, restaurantes e lojas que atendem aos ecoturistas que visitam lá.
A cidade foi a anfitriã das Olimpíadas de Inverno de 1956 e, hoje, ainda é possível visitar o estádio que foi construído para a ocasião - seja para se divertir na pista de patinação artificial, ou assistir a um jogo de hockey. Durante o inverno, Cortina ganha a reputação de ser a melhor cidade para praticar esportes de neve na Itália.
A arte está presente em todos os cantinhos da cidade, seja na arquitetura, nas galerias ou nas lojas de grife. É uma boa opção andar pela rua principal, chamada Corso, e observar as vitrines compostas por elementos inusitados, muitas vezes pertencentes a marcas de designers famosos, ou entrar nas cafeterias para tomar um chocolate quente.
Em Cortina, a vida noturna também costuma ser agitada, com muitas opções de bares que oferecem música ao vivo e espaço para dançar, por exemplo. Para quem busca atividades sociais antes do início do trekking, é uma boa pedida passar alguns dias em Cortina d’Ampezzo.
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