Vivencie um lado diferente dos países islâmicos ao visitá-los durante o período anual mais sagrado da sua cultura: o Ramadã. O ritmo das ruas diminui, a rotina dos moradores locais muda, e os visitantes passam a lidar com regras específicas. Essa, porém, é uma chance única de observar de perto as festividades e a generosidade do povo muçulmano.
A seguir, o Blog Vida ao Ar Livre te diz tudo o que você precisa saber sobre o Ramadã antes de viajar nessa época.
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O que é o Ramadã?
O Ramadã, ou Ramadão, é o nono mês do calendário islâmico e o período mais sagrado do ano segundo essa cultura. Nele, os muçulmanos jejuam do nascer ao pôr do sol e refletem sobre a sua fé e comportamento, com o objetivo de crescer espiritualmente e fortalecer a sua conexão com Alá.
O jejum inclui a abstenção de comida, bebida, fumo e atividades sexuais e é visto como uma forma de purificação espiritual e física. Países como Egito, Marrocos, Turquia, Jordânia, Líbano e Irã são alguns dos lugares onde o Ramadã é celebrado.
Quando acontece o Ramadã?
O início do Ramadã muda todo ano, uma vez que o calendário lunar islâmico segue as fases da lua. As datas são determinadas por uma comissão na Arábia Saudita, e o mês sagrado começa no dia seguinte ao avistamento da lua crescente.
Em 2022, o Ramadã se iniciou em 1 de abril e se encerrou em 1 de maio. Já em 2023, estima-se que as celebrações irão de 20 de março a 22 de abril.
O último dia do Ramadã é marcado pelo Eid al-Fitr, que significa “festival de quebra do jejum”. Essa é uma celebração típica que dura três dias e é caracterizada por orações, mensagens de paz e boa vontade, presentes e refeições especiais entre amigos e familiares.
O que muda para os turistas durante o Ramadã?
Como veremos a seguir, viajar durante o mês de Ramadã traz experiências únicas e imperdíveis para quem deseja conhecer mais sobre a cultura islâmica. Porém, esse período também pode vir com uma série de restrições e inconveniências, como:
- Horários de funcionamento alterados: durante o Ramadã, diversos estabelecimentos - como lojas, restaurantes, mesquitas e atrativos turísticos - podem contar com horários de funcionamento limitados ou fecharem durante o dia.
- Restrições de comida e bebida em público: comer, beber e fumar em público, entre o nascer e o pôr do sol, pode ser desencorajado ou até mesmo proibido.
- Atenção às atitudes e às vestimentas: demonstrações públicas de afeto são ainda mais desencorajadas durante o Ramadã, e visitantes - especialmente mulheres - são aconselhados a se vestirem cobrindo cabelo, ombros, braços e pernas.
Não há obrigação de aderir ao jejum, mas os visitantes devem ter respeito pelas práticas islâmicas e adaptar as suas atitudes em público. Alguns países também podem ter regras e orientações específicas para os turistas durante o Ramadã, portanto, é importante se familiarizar com elas antes de viajar.
E se restarem dúvidas, como se pode tomar água na rua ou na frente de quem está jejuando, por exemplo, recorra ao seu guia local! Ele estará lá para te ajudar.
Vale a pena viajar durante o Ramadã?
Por outro lado, o turismo durante o mês de Ramadã oferece diversos benefícios. O principal deles é a oportunidade de imersão nos costumes islâmicos, tendo em vista que esse é o tema que permeia o dia a dia de todos, e os visitantes podem aproveitar para aprender mais sobre as suas crenças e práticas religiosas.
Vale notar que, após o pôr do sol, as pessoas costumam se reunir para quebrar o jejum diário em uma ceia conhecida como iftar. Algumas ceias são realizadas em público, e os visitantes podem se juntar aos moradores locais para conversar e festejar.
Além disso, viajar durante o Ramadã traz as vantagens de conseguir se deparar com pontos turísticos mais vazios e preços de hospedagem mais acessíveis. Isso porque várias pessoas preferem visitar os países islâmicos durante os outros meses, a fim de evitar surpresas e ter experiências mais comuns.
Por fim, ao viajar nos últimos dias do Ramadã, os visitantes também podem participar das festividades do Eid al-Fitr, aproveitando para apreciar as decorações vibrantes e coloridas, as comidas e os trajes tradicionais que permeiam esse festival.
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