Tudo sobre a Ilha de Páscoa: histórias, mistérios e dicas para viajar

Curiosamente, poucas pessoas conhecem a Ilha de Páscoa, mesmo ela estando tão próxima do Brasil e tendo fácil acesso. Quando eu fui à Ilha, também pouco conhecia e pensei que apenas veria grandes cabeças de pedra. De fato as vi, mas vi muito mais.

A diversidade cultural é tão grande que só por isso já seria um bom motivo para conhecê-la, mas além das imensas esculturas em pedra chamada “moais”, você encontrará vulcões com grandes crateras com lagos, paisagem exuberante, cavernas de frente para o mar e até oportunidade para mergulho.

A seguir, saiba tudo sobre a Ilha de Páscoa!

Uma breve história

A Ilha de Páscoa recebeu esse nome porque foi descoberta em um domingo de Páscoa em 1722, pelo explorador neerlandês Jacob Roggeveen, mas seu nome local é Rapa Nui.

O seu povo provém da Polinésia, e os antropólogos acreditam que os primeiros habitantes se aventuraram navegando pelo Oceano Pacífico até as ilhas do Triângulo Polinésio, que inclui o Havaí, a Nova Zelândia e a Ilha de Páscoa. Em cada um desses locais, as civilizações se desenvolveram de formas diferentes.

A Ilha de Páscoa é o pedaço de terra mais isolado do mundo, estando a 3.700 km da costa do Chile. Ela nasceu da erupção de 3 vulcões principais que ainda podem ser visitados na Ilha: Rano Kau, Terevaka e Poike, há mais de 600 mil anos.

Como é para os turistas

É proibido aos turistas permanecer por mais de 30 dias corridos na Ilha, a fim de evitar migrações ilegais. A ilha já sofreu com problemas de superpopulação no passado, e isso acabou levando a um desequilíbrio e esgotamento de seus recursos naturais.

A ilha é considerada território especial do Chile, sendo necessário pagar uma taxa para visitar e permanecer lá. Apesar dessas burocracias, o povo pascoense é bastante hospitaleiro, nos recebendo no aeroporto com colares de flores.

Outras informações uteis:

  • Como chegar: voos diretos desde Santiago do Chile com a companhia aérea Latam.
  • Idioma: espanhol
  • Dinheiro: peso chileno. Aceitam cartões de débito e crédito. Fazem câmbio de moedas estrangeiras mas o câmbio não é muito bom.
  • Clima: é ameno, com poucas variações, onde a média mínima é de 15ºC e a máxima é de 30ºC.
  • Quando não ir: na minha opinião, abril e maio, pois chove muito e a chuva atrapalha a viagem.

Conhecendo a Ilha

A única cidade da Ilha chama-se Hanga Roa. É uma cidade pequena, com apenas 4 mil habitantes, mas que concentra todo o comércio necessário e é abastecida por aviões. Ou seja, os aviões que nos levam, levam também suprimentos alimentícios, rodas de carros, tijolos, entre outros. É interessante ver a esteira de bagagens no desembarque.

No centro, há um comércio intenso de artesanatos como réplicas de moais, camisetas estilizadas e pérolas do Tahiti, mas os preços são salgados.

A melhor forma de conhecer a Ilha é com guias de uma agência de turismo, pois eles sabem exatamente os horários de funcionamento dos atrativos e têm acesso a alguns destinos fechados ao público em geral, como as cavernas.

É possível alugar carro ou moto, mas primeiro eu aconselho conhecer a ilha em um tour regular e, se quiser voltar a algum lugar, alugar um meio de transporte e voltar ao local. Há diversas agências de locação no centro.

Os hotéis não são muito luxuosos, mas são confortáveis. Mesmo os mais distantes ficam a 15 minutos a pé do centro. A Ilha é segura e pode-se caminhar pelas ruas.

Atrativos

Na ilha, encontramos mais de 800 moais espalhados por toda a costa, esculpidos durante os séculos XIII e XVI. Essas figuras humanas imensas têm até 21 metros de altura, mas não são todas iguais: algumas possuem orelhas longas, outras têm “pukaos” (chapéus vermelhos de pedra), e por aí vai.

Os moais ficavam misteriosamente posicionados sobre plataformas chamadas Ahus. Elas são realmente encantadoras, pois os moais são enormes e todos diferentes entre si.

Mas existe muito mais na Ilha de Páscoa do que essas famosas estátuas. As praias, por exemplo, são encantadoras e a maioria é de lava negra. Há apenas duas praias de areia: Ovahe, que é bem pequena, e Anakena, que foi onde o rei Hotu Matu’a desembarcou com os primeiros habitantes que deram origem aos clãs. 

Poderemos ainda conhecer cavernas como Ana Kai Tangata, uma das de mais fácil acesso da ilha, à beira-mar e próxima ao hotel Iorana. Acredita-se que essa caverna tenha sido um local para reuniões, tendo sido utilizada para ensino ou para fazer canoas. A verdade é que o tempo parece parar quando estamos nela e vemos o mar quebrando nas pedras.

Já uma atividade de aventura imperdível é o trekking pela Rota dos Moais, que passa pelo local onde as estátuas eram entalhadas, e nos faz tentar entender como elas eram levadas de um lado para o outro da Ilha, e até o Vulcão Poike, o ponto mais alto da região. 

Festival Tapati 

Todos os anos, na primeira quinzena de fevereiro a ilha promove um festival chamado Tapati Rapa Nui, que significa literalmente "Semana Rapa Nui". A ilha se converte em um imenso palco com competições atléticas e shows de danças e canções, onde os moradores usam trajes típicos e buscam preservar seu patrimônio cultural.

Há um pouco de tudo: pintura corporal com lama, competições em canoas de junco, corrida com cachos de bananas, esculturas em madeira e pedra, confecção de colares de flores, exposições agrícolas, concursos gastronômicos e a coroação da Rainha Tapati. Ou seja, é uma maratona misturada com um festival.

O que mais encanta são os grupos de dança que armam o palco na praça e competem entre si. A música é pulsante e a dança é típica da ilha, sendo diferente das danças do Havaí e da Polinésia.

Mas essa também é a época que a ilha fica mais cheia e as tarifas mais altas, assim, é necessário fazer as reservas com muitos meses de antecedência. Se você não gosta de multidões, não escolha visitar a ilha nessa data, pois a ilha é pequena e fica lotada. Os hotéis do centro terão muito barulho.

Foto: Claudio Alvarado Solari

Outros atrativos

Vale a pena conhecer o povoado cerimonial de Orongo, o local onde o título de "homem pássaro" era concedido ao vencedor de uma das principais competições da ilha. Lá podemos testemunhar o cenário onde ocorria a acirrada disputa pelo primeiro ovo de Manutara, uma ave endêmica semelhante à andorinha, no topo do vulcão Rano Kao.

Rano Raraku é outro local de destaque, pois é lá que os moais eram esculpidos em pedra vulcânica. Ainda hoje, são preservadas algumas das estátuas semi-enterradas, outras tombadas e algumas deitadas como se aguardassem serem erguidas. É um feito artístico verdadeiramente singular.

Por fim, um dos lugares menos visitados e mais místicos da região é a Cueva de las Vírgenes, também conhecida como Cueva de la Vírgenes. Era um local de reclusão para jovens mulheres, destinado a preservar sua castidade e a palidez de suas peles. Os antigos Rapa Nui tinham orgulho de sua tez clara, pois isso os distinguia.

A entrada da caverna fica próxima de um penhasco e é estreita, desaconselhada para quem sofre de vertigem ou claustrofobia. Porém, para os desbravadores, a experiência é verdadeiramente incrível.

Não perca tempo, carimbe seu passaporte e vá você também conhecer e tentar desvendar  mistérios desta ilha única no mundo! Para isso, conte com os serviços da Pisa Trekking. Especialistas em ecoturismo, oferecemos várias opções de pacotes para a Ilha de Páscoa. Confira todos aqui e tire todas as suas dúvidas com nossos atendentes!

Leia mais textos sobre o Chile:

Conheça os nossos roteiros!

Assine nossa newsletter e receba nossos roteiros e novos textos do blog

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

Deixe uma resposta