A essência do turismo é valorizar as belezas naturais, a cultura e a história de diferentes lugares. Mas com a degradação ambiental, a superlotação de cidades e a centralização de renda, tornou-se necessário criar o turismo sustentável, que busca promover uma maneira mais consciente de explorar esses lugares, preservando os seus recursos. Hoje, o Blog Vida ao Ar Livre explica o que é o turismo sustentável e como essa tendência vem crescendo no mundo.
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Por que é necessário?
Resumidamente, o objetivo do turismo sustentável é minimizar os impactos negativos e ampliar os impactos positivos que o turismo pode exercer no mundo. Segundo a própria Organização Mundial do Turismo, ele “atende às necessidades dos turistas de hoje e das regiões receptoras, ao mesmo tempo em que protege e amplia as oportunidades para o futuro.”
Em 2019, a OMT registrou o número recorde de 1,4 bilhão de viagens internacionais realizadas naquele ano, e fez uma previsão de que esse número deve chegar a 1,8 bilhão até 2030. Adicionando a isso o número de viagens domésticas, que é maior ainda, podemos ter uma ideia do impacto que essa indústria exerce sobre o planeta e seus recursos naturais.
Por um lado, essa movimentação representa a geração de empregos, a valorização das culturas locais, e a integração entre sociedades diferentes. Mas por outro, ela também pressupõe uma maior emissão de gases estufa, excesso de lixo, a concentração de renda e o aumento de desigualdades. Isso porque, nas nossas viagens, se não prestarmos atenção, poderemos estar dando dinheiro para grandes empresas que só visam o lucro.
Os três pilares
O turismo sustentável se apoia em três pilares: o ambiental, o social e o econômico. O ambiental se preocupa com reduzir a “pegada de carbono” causada pelo turismo, procurando preservar a natureza através da diminuição do uso de plástico, do tratamento de esgoto, da criação de infraestruturas que respeitam o meio ambiente, e da conscientização dos visitantes para não jogar lixo no chão, por exemplo. Em geral, no turismo sustentável existe uma quantidade limitada de vagas, e os grupos de turistas são pequenos.
O social busca auxiliar as comunidades locais, fazendo com que elas se integrem à indústria do turismo e desfrutem dos seus benefícios. Isso ocorre a exemplo de hotéis que contratam funcionários que provêm dessas comunidades, ou então que utilizam alimentos que foram cultivados em fazendas locais, promovendo a geração de empregos e valorizando a cultura.
Também podemos ajudar escolhendo guias capacitados da região, procurando conversar com pessoas locais para ouvir e contar sua história, escolhendo restaurantes locais para experimentar a culinária da região e ainda incentivar o pequeno empresário. É sempre uma troca, um ganha-ganha.
Por fim, o econômico se refere à lucratividade financeira, que deve ser conquistada com vistas aos outros dois pilares. Se uma companhia não é viável e lucrativa, ela não é sustentável - mas ela não deve buscar a lucratividade às custas do meio ambiente e da comunidade local.
E nós podemos a tornar esses projetos lucrativos ao comer em um restaurante pequeno, contratar um guia que nasceu no local, escolher uma pousada pequena e ao comprar artesanato, por exemplo. Por isso, quando você for viajar, lembre-se desses pilares e busque agir de acordo com eles.
Uma nova tendência
A pandemia foi um momento de choque que levou muitos a repensarem sobre a maneira que o turismo é levado no mundo. A Organização Mundial do Turismo está demandando uma “recuperação responsável do setor”, o que inspirou a Feira Internacional de Turismo anual de Berlim, realizada de 9 a 12 de março, a adotar o tema “Repensar, Regenerar, Reiniciar – Turismo para um Normal Melhor".
O turismo sustentável é uma tendência que se tornou ainda mais forte com a pandemia. Afinal, preservar os destinos e seu povo é, ou deveria ser, um dos maiores interesses desse setor, que tem agora uma oportunidade de fazer uma mudança para melhor.
O turismo sustentável faz parte de um conceito mais abrangente de “sustentabilidade e responsabilidade no turismo”, que também abrange, por exemplo, a proposta do “turismo regenerativo”, que busca recuperar, resgatar e regenerar as diversas perdas que esse setor já provocou no mundo.
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