Dica de Viagem: Tudo sobre a Rota das Emoções

Ah, o Nordeste! Lar de praias paradisíacas, lagoas imersas em dunas e formações fluviais de encher os olhos. A diversidade é grande e, para acessar cada uma das riquezas, muitos vão e voltam várias vezes. Imagine agora se você pudesse conjugar alguns dos principais destinos nordestinos em uma única viagem? Pensou? Então, você pensou na Rota das Emoções. Para entendê-la, hoje, o Blog Vida ao Ar Livre mostra tudo sobre a Rota das Emoções.

O que é a Rota das Emoções?

A Rota das Emoções une, em um mesmo roteiro, três de alguns dos principais destinos do Nordeste: os Lençóis Maranhenses, o Delta do Parnaíba e Jericoacoara. Existem diversas opções que expandem o passeio para ainda mais atrativos, mas a proposta original é proporcionar ao viajante o deserto brasileiro de lagoas cristalinas; o único delta em mar aberto das Américas e terceiro maior do mundo; e a quarta melhor praia do mundo segundo lista de 2014 do Washington Post.

Como fazer a Rota das Emoções?

Cada um dos destinos está em um estado nordestino diferente: Maranhão, Piauí e Ceará, nessa ordem. E nem pense em aviões, já que o caminho de um para o outro também é um dos atrativos. Para isso, você subirá em veículos 4x4 e lanchas rápidas para aproveitar as vistas com mais conforto. 

Serão 900km do começo ao fim, por isso, esta pode ser uma aventura cansativa não só de planejar, mas também de executar. Para não se perder no caminho e gastar suas energias apenas com os cliques da câmera, vale contratar uma agência de viagens. Além da logística, você não vai precisar se preocupar com hospedagem, nem mesmo procurar quem oferece opcionais como cavalgadas, voos panorâmicos, surf, kitesurfing e windsurfing.

Não há uma via certa para fazer a rota, mas geralmente se começa no Maranhão, no aeroporto de São Luís, onde você terá que fazer mais esforço físico para chegar às lagoas, e termina no Ceará, no aeroporto de Fortaleza, depois de recuperar as energias nas águas calmas da praia de Jericoacoara.

O que fazer em cada uma das paradas da Rota das Emoções?
  • Lençóis Maranhenses:

Após pousarmos em São Luís, seguimos de transfer terrestre até Barreirinhas, porta de entrada dos Lençóis Maranhenses. Daqui, existem diversos circuitos que levam às lagoas da região. As mais visitadas são o Circuito Lagoa Azul e o Circuito Lagoa Bonita, dentro da área dos Grandes Lençóis. Na ocasião da viagem, você conhecerá aquela que estiver mais cheia na época, mas saiba que ambas são exuberantes, principalmente no pôr-do-sol, quando as dunas ganham contornos de sombra especiais.

Para conhecer os Pequenos Lençóis, deixamos os 4x4 que nos transportavam até então e subimos o Rio Preguiças em lanchas rápidas. Serão quatro paradas em quatro vilarejos às margens do rio. Em Vassouras, aproveitaremos as lagoas, ao mesmo tempo em que macacos-prego e papagaios anunciam a mudança de cenário.

Em Mandacaru, o grande atrativo são os 35m do Farol Preguiças, que proporcionam uma vista do rio à frente e do mar atrás; e o mais impressionante, águas doce e salgada separadas por um bolsão de areia. E justamente sobre esse bolsão está Caburé, praia que oferece opcionais de quadriciclo para você sentir o vento bater mais forte.

Por fim, chegamos à foz do Rio Preguiças, Atins, ponto para os panos multicoloridos de kitesurfing e para a revoada dos guarás, que enriquecem o pôr-do-sol com o vermelho de suas penas quando voltam aqui para dormirem.

Extensão: um dos pontos com lagoas mais intocadas e de cores mais vibrantes fica em uma região mais afastada (e por isso mesmo, preservada): Santo Amaro. E neste roteiro, você pode incluí-la em sua rota para não perder nenhum pedacinho do paraíso.

Caso queira conhecer em mais detalhes o que fazer nos Lençóis Maranhenses, leia este outro texto do Blog Vida ao Ar Livre.

  • Delta do Parnaíba:

E se você ficou encantado com o show dos guarás, você terá um bis maior e mais impressionante no Piauí. Quer dizer, para ser mais exato, na fronteira do Maranhão com o Piauí. Isso porque depois de explorar espelhos d’água, lagoas, praias, mangues e mais dunas, algumas ilhotas do Delta do Parnaíba servem de repouso para as aves.

O principal atrativo aqui é percorrer as mais de 70 ilhas em passeios de lancha rápida. É só passando por essa experiência para entender a geografia fracionada e triangular da foz do Rio Parnaíba. Pelo caminho, a todo momento, podemos avistar pássaros e mamíferos saindo de arbustos para nos saudar, como gatos-maracajás, tucanos, guaxinins, veados, pica-paus, garças e botos. E mais uma vez, aproveitaremos dunas e rios que despontam inesperadamente nas ilhas que passamos, como a Ilha do Caju ou a Ilha das Canárias.

Extensão: quem passa pelo Piauí precisa conhecer Barra Grande. O caminho até ela guarda a pitoresca “Árvore Penteada”, árvore cuja copa está vergada para o lado, como se tivesse sido penteada pela força do vento, o que forma uma grande sombra ao chão. E chegando em Barra Grande, fora a presença de kitesurfistas e de águas azul-turquesas bastante calmas, o estuário do Rio Cardoso oferece um passeio para observação de cavalos-marinhos. Pode-se dizer que a Barra é tão bonita quanto Jericoacoara, nosso próximo destino. Porém, por contar com menos turistas e, também, com menos infraestrutura, a Barra tem uma pegada que lembra a Jericoacoara de antigamente. Veja como incluir Barra Grande neste roteiro.

  • Jericoacoara:

Por fim, a última parada da Rota das Emoções guarda cenários paradisíacos, para relaxar depois de tantos quilômetros de areia. A Lagoa do Paraíso e a Lagoa Azul, por exemplo, têm águas verde e azul-turquesa, coqueiros e grãos de areia finos e brancos que lembram em muito o visual das praias caribenhas, com a vantagem de que o você não terá de se preocupar com o sal grudado no corpo. E para completar o paraíso, nada melhor do que aproveitar tudo isso descansando numa rede dentro d’água. A diferença entre as duas é a infraestrutura, que é bem mais completa no Paraíso e mais rústica na Azul.

Outro destaque da região é a Pedra Furada. A partir de uma trilha de 20min da Praia do Preá, centenas de turistas se amontoam para pegar o melhor ângulo da rocha perfurada pela água e vento. Isso pode ser inclusive uma irritação caso você vá no meses de julho e agosto, quando o sol aparece justamente dentro do furo. Mas a paisagem com o fundo infinito do mar vale a pena. O que também vale para a Duna do Pôr-do-Sol, outro ponto que o sol compõe um ótimo quadro com o mar ao fundo e a montanha de areia onde ficamos.

Os últimos atrativos que valem a pena serem destacados são na verdade momentos em que cruzamos três rios para chegar em Jericoacoara. O primeiro (Rio Coreaú), quando deixamos a cidade de Camocim de balsa e chegamos às carnaúbas e dunas brancas da Ilha do Amor. O segundo (Riacho Tucunduba), quando descansaremos em redes enquanto os 4x4 cruzam até Tatajuba. E o terceiro (Rio Guriú), quando deixamos a Praia do Guriú mais uma vez de balsa, passando por um cemitério de árvores de mangue.

Extensão: os 290km finais são apenas deslocamento de Jericoacoara a Fortaleza, mas você pode dar um último puxadinho pelas praias cearenses do caminho, como Icaraí da Amontada, Apiques, Caetano, Baleia, Mundaú, Guajiru, Cumbuco e um dos cartões-postais do estado, Lagoinha. Dentre colônias de pescadores, dunas, coqueiros e muito sol, você torna o traslado mais agradável e sua experiência completa. Conheça essa extensão neste roteiro.

Quando fazer a Rota das Emoções?

Para o caso de Jericoacoara, como dissemos, se você quiser pegar um espetáculo da Pedra Furada ainda mais impressionante, vale conhecer a região em julho ou agosto, mas a Rota das Emoções pode ser feita em qualquer momento do ano.

Mas uma boa dica é programar a viagem entre maio e setembro, quando passa a estação chuvosa, e as lagoas dos Lençóis Maranhenses e de outros trechos do caminho estarão mais cheias e mais convidativas para um mergulho no paraíso. E por fim, se você ainda quiser o combo perfeito, aproveite o mês de junho para curtir o que há de melhor da tradição cultural das festas juninas nordestinas. Certamente os centros históricos e cidadezinhas ficam ainda mais animadas e calorosas. Seja qual for o mês que você escolher para fazer a sua viagem, só não se esqueça de agendá-la com antecedência para garantir sua vaga.

O que levar para a sua Rota das Emoções?

Praias, dunas, horas de 4x4, não precisa nem dizer que o sol estará fervendo. Por isso, não se esqueça do protetor solar, do chapéu, dos óculos de sol e das roupas leves. Falando também de áreas mais selvagens, vale levar o repelente. Por fim, diferente de outros roteiros de trekking no Brasil, como as principais distâncias serão percorridas de carro, prepare uma mochila somente com o essencial, entre eles, bastante água, sem pesos desnecessários para levar de uma ponta a outra.

Agora que você já conhece tudo sobre a Rota das Emoções, só falta comprar a passagem. E para uma viagem segura e confortável, você pode contar com os serviços da Pisa Trekking. Especialistas em ecoturismo pelo Brasil e o mundo, nós oferecemos diversas opções de roteiro para a Rota das Emoções, do básico àqueles com todas as extensões. Confira todos eles aqui, tire eventuais dúvidas com nossos atendentes e boa aventura!

 

Leia outros textos sobre destinos no Nordeste:

Conheça nossos roteiros!

Assine nossa newsletter e receba nossos roteiros e novos textos do blog

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

Deixe uma resposta