Tudo sobre os principais atrativos turísticos da Bolívia

A Bolívia é um país com grandes riquezas naturais e culturais. De desertos de sal, passando por imensas montanhas, chegando a ruínas do império inca, ela se vale da sua localização no altiplano andino para fortalecer a sua identidade e o seu potencial turístico. Hoje, o Blog Vida ao Ar Livre conta tudo sobre os principais atrativos turísticos da Bolívia. 

Lago Titicaca

Na fronteira entre Bolívia e Peru, está o lago navegável mais alto do mundo: o Lago Titicaca. O acesso ao local se dá principalmente através da cidade de Copacabana. De lá, é possível pegar um catamarã que vai diretamente para a Isla del Sol, o berço da civilização inca. Na cultura inca, acreditava-se que o Deus Sol havia nascido lá. 

Na ilha, existem cerca de 80 ruínas que datam para o século XV, sendo que a mais conhecida delas é o templo La Chinkana, que conta com labirintos de pedra. Ao norte, está Challapampa, o maior vilarejo da ilha, onde é possível visitar as casas de alguns moradores e um pequeno museu. Ao sul, estão o jardins incas, o Forte Inca e o Complexo Inti Wata. Um típico barco de torora oferece a opção de fazer uma navegação com vista panorâmica do Palácio Inca de Pilkokaina.

Os arredores do Lago Titicaca apresentam flora e fauna endêmicas, com espécies que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar. Um exemplo disso é a rã-do-titicaca, que por chegar a medir 50 cm e pesar um quilo, foi considerada a maior rã do mundo.

Tiwanaku

Situado próximo à margem sudoeste do Lago Titicaca, Tiwanaku é um dos sítios arqueológicos pré-colombianos mais intrigantes da Bolívia. Acredita-se que a ocupação no local começou a ocorrer por volta de 1500 a.C., e esse se tornou o principal centro cerimonial e berço da cultura andina. Puma Punku, outro sítio arqueológico, também faz parte do complexo de Tiwanaku.

Os principais debates a respeito da região envolvem como se deu a sua construção. A Porta do Sol, por exemplo, é um monumento construído a partir de um único bloco de pedra, com superfície lisa, medindo 10m de altura e 13m de largura. Como essa pedra foi transportada até lá, e como ela foi “moldada”, são um dos questionamentos principais. 

Outros monumentos de destaque incluem o Templo de Kalasasaya e a Pirâmide de Akpana; essa, considerada um dos maiores edifícios da cultura Tiwanaku, e que sofreu bastante depredação com a invasão dos espanhóis.

Salar de Uyuni

O Salar de Uyuni é com certeza uma das paisagens mais famosas da Bolívia. Esse deserto de sal é considerado o maior do mundo, tendo surgido de um lago pré-histórico que secou. O seu aspecto, porém, pode ser bastante diferente durante os períodos de seca e de chuva. A seca, que vai de abril a novembro, é responsável pela imagem da planície branca interminável. As chuvas, por sua vez, promovem o famoso efeito de espelho, apesar de impedirem o acesso a algumas partes do salar.

Um exemplo disso é o acesso à Ilha Incahuasi, situada no centro do deserto, que possui um ecossistema que se diferencia de tudo ao seu redor, com cactus que chegam a medir 12 metros de altura. Dentro do salar, nas proximidades do Vulcão Ollangüehá, há também lagoas que expõem a fauna local, com flamingos que se aproveitam da fertilidade do ambiente.

O povoado de Colchani é considerado uma das comunidades mais importantes da região de Uyuni, onde é possível observar a retirada manual do sal e encontrar artesanato feito de sal. Playa Blanca, por sua vez, possui outros atrativos também divertidos, como o museu e o hotel de sal.

Huayna Potosi

A 25km de La Paz, com 6.088m de altura, está o Huayna Potosi, um pico da Cordilheira dos Andes. A sua magnitude pode ser observada desde a capital, e apesar de essa ser uma montanha lendária e imponente, ela é frequentemente utilizada para cursos de escalada no gelo, e para o treinamento de alpinistas que pretendem enfrentar as montanhas do Himalaia, por exemplo.

Para iniciantes, é indicado começar com um curso de escalada antes de partir para a expedição no Huayna Potosi, uma vez que ele conta com mais tempo de aclimatação, e são apresentadas técnicas específicas para a subida no gelo. De qualquer forma, ambas modalidades exigem bom condicionamento físico, mantendo uma prática frequente de exercícios.

Em geral, as chances de atingir o cume são altas, umas vez que o clima na Bolívia é bastante estável. Esse aspecto torna o Huayna Potosi uma das montanhas de 6.000m mais acessíveis do mundo.

  • Vulcão Sajama

Outro pico de destaque na Bolívia é o Vulcão Sajama (6.542m), localizado no Parque Nacional Sajama, a 4 horas de viagem de La Paz. O local conta com clima árido e desértico, tornando essa subida comparativamente mais difícil. O terreno, por vezes, é composto por pedras arenosas e vulcânicas, e o seu cume é compartilhado tanto pela Bolívia quanto pelo Chile, por estar localizado na fronteira entre os países.

La Paz

A capital da Bolívia, La Paz, também merece uma menção ao lado dos demais atrativos turísticos. Localizada ao fundo de um vale, rodeada por montanhas de picos nevados, a paisagem que a cerca é dramática e impressionante. Como fruto dessa mesma geologia, existe o Vale da Lua, a 10 minutos da cidade, que conta com formações rochosas que parecem estalagmites em uma superfície desértica, como uma “caverna ao contrário”.

Dentro da cidade, a cultura também é digna de atenção. O Mercado das Bruxas, por exemplo, é uma região colorida onde ocorre a venda de artefatos para a realização de rituais e oferendas, como amuletos, incensos, plantas medicinais, etc. A Igreja de São Francisco, por sua vez, é o principal monumento da época colonial da cidade, remetendo à sua história. City Tours costumam ser uma boa opção para conhecer La Paz antes de partir para outras aventuras no resto da Bolívia.

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